Autor: Lusa/AO online
Maria Antónia Figueiredo assinalou que a quebra no consumo de leguminosas se deveu sobretudo ao “desuso” e à “americanização” dos hábitos alimentares, sublinhando que se conjugam atualmente uma série de fatores que favorecem estas produções agrícolas.
“São proteínas vegetais, boas para a saúde, são boas para o solo porque não produzem azoto, boas para a alimentação animal e Portugal tem condições de solo e clima favoráveis”, sintetizou, a propósito de um seminário que decorre hoje em Lisboa e em que serão apresentadas vantagens competitivas da produção e benefícios do consumo destes alimentos.
Os dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), citados pelo Observatório indicam que o consumo de leguminosas secas se tem mantido estável nos últimos dez anos, registando um consumo de 4,1 quilos por habitante no período de 2010/ 2011.
Neste período foram consumidos maioritariamente feijão (3,2 quilos/ habitante) e grão (0,9 quilos/ habitante).
Já o auto aprovisionamento tem vindo a diminuir: apenas 6% para o feijão, 10% para o grão e 31% para outras leguminosas como ervilhas, favas, grão-de-bico, lentilhas e tremoço.