Açoriano Oriental
Portugal perde jogo de preparação com Itália
A selecção portuguesa de futebol foi hoje derrotada pela sua congénere italiana por 3-1, em encontro particular de preparação para o europeu de 2008, disputado em Zurique, na Suíça
Portugal perde jogo de preparação com Itália

Autor: Pedro Belo da Fonseca-Lusa
A selecção portuguesa de futebol somou hoje o sexto desaire consecutivo e o 10º nos últimos 11 jogos com a campeã mundial Itália, ao perder por 3-1 em Zurique, Suíça, no primeiro particular de preparação para o Euro2008.
Num jogo igual a tantos outros com a "squadra azzurra", na primeira parte, Portugal perdeu várias oportunidades e sofreu um golo infeliz na última jogada antes do intervalo, enquanto, na segunda, com um esquema suicida, colocou-se a jeito de ser goleado.
Andrea Pirlo marcou o segundo, logo aos 50 minutos, e, depois, o guarda-redes Ricardo salvou várias vezes a formação portuguesa de sofrer mais golos, merecendo destaque um desvio para a barra, aos 64, após "tiro" de Raffaele Palladino.
A formação das "quinas" ainda reentrou no jogo, com um golo de Ricardo Quaresma (segundo, em 19 internacionalizações "AA"), aos 77 minutos, mas, na jogada seguinte, o suplente Fabio Quagliarella marcou, no primeiro toque na bola, e desfez em definitivo as dúvidas. 
Portugal continua, assim, sem triunfos sobre a Itália desde 22 de Dezembro de 1976 (2-1 em Lisboa, num particular decidido com um "bis" de Nené), após um embate em que, entre outras coisas, como a excessiva ousadia, pagou cara a má forma do trio de meio-campo.
A selecção lusa entrou com o "onze" anunciado: Bosingwa, Ricardo Carvalho, Bruno Alves e Caneira, à frente de Ricardo, um meio-campo com Petit, Maniche e Deco e dois extremos (Ricardo Quaresma e Cristiano Ronaldo) no apoio ao ponta-de-lança Makukula.
Por seu lado, a Itália surgiu também em "4-3-3", com Amelia na baliza, uma defesa com Oddo, Cannavaro, Barzagli e Zambrotta, um meio-campo com De Rossi, Ambrosini e Pirlo e um trio na frente (Palladino, na direita, Di Natale, na esquerda, e Luca Toni, ao meio).
Após fogo de artifício, hinos cantados com "alma" e monumental assobiadela para o presidente da FIFA, o anfitrião Joseph Blatter, num início de particular que mais parecia a final de um Europeu, o encontro começou com claro sinal mais dos campeões do Mundo.
Pirlo colocou a bola no fundo das redes de Ricardo, mas depois de ajeitar a bola com o braço, aos cinco minutos, Ambrosini cabeceou à figura, após livre do "maestro", aos 12, e Di Natale falhou por muito pouco, depois de um centro da direita de Oddo, aos 13.
A formação das "quinas" ia tentando, quase sempre por Bosingwa, na direita, mas só conseguiu assustar verdadeiramente os italianos aos 21 minutos, quando, na sequência de um canto marcado na esquerda por Deco, Bruno Alves cabeceou sozinho, mas por cima.
A Itália voltou à carga, com remates de Di Natale e De Rossi, mas Portugal equilibrou e ganhou mesmo algum ascendente, nomeadamente através de dois remates de fora da área de Makukula (33 e 37 minutos) e de um livre de Cristiano Ronaldo (42).
O "onze" de Scolari poderia ter voltado a marcar em duas jogadas que Quaresma definiu mal, sobretudo a última, em que estava, com Ronaldo, num "dois contra um", mas falhou e pagou-o caro: na última jogada da primeira parte, Grosso, que havia substituído Zambrotta, centrou da esquerda e Toni marcou ao segundo poste.
Ao intervalo, Scolari trocou três jogadores e mudou para "4-4-2", já que Paulo Ferreira e Fernando Meira entraram directamente para os lugares de Caneira e Petit, enquanto Nani substituiu Deco, mas foi para extremo, passando Ronaldo para as "costas" de Makukula.
Face às características dos jogadores lusos agora em campo, o esquema era mais um "4-2-4", muito bonito em termos de ambições, mas algo suicida face a uma equipa como a Itália: Toni quase "bisou" (48 e 50 minutos) e Pirlo marcou mesmo, após um canto e um ressalto (50).
Com muito espaço para jogar, a formação transalpina levou várias vezes o pânico à defesa lusa e quase marcou por Di Natale (58 minutos) e Palladino (60, à barra), mas seria Ricardo Quaresma a reduzir (77), após assistência de Nani.
A esperança portuguesa em sair de Zurique com um resultado positivo durou, porém, poucos segundos: na jogada seguinte, Fabio Quagliarella, que acabara de entrar, apontou o terceiro dos transalpinos, decidindo, em definitivo, a sorte do jogo.
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