Autor: Lusa /Ao On line
A iniciativa da concentração no Terreiro do Paço, em Lisboa, foi da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), merecendo depois a adesão de mais seis sindicatos. Assim, sete dos nove sindicatos da PSP anunciaram que participarão no protesto.
O presidente da ASPP, Paulo Rodrigues, disse à agência Lusa que os polícias só abandonarão o local da concentração quando o Ministério da Administração Interna (MAI) "garantir a disponibilidade da verba para a efetivação das promoções em todas as categorias profissionais e para a colocação nas novas posições remuneratórias".
Paulo Rodrigues adiantou que o protesto pode durar "horas, dias e até semanas".
Em causa está o desbloqueamento de 3,1 milhões de euros, verba necessária para pagar as promoções aos mais de 1500 polícias, dos quais 800 são agentes que fizeram um concurso para subirem de posto e ficaram aprovados.
Desde maio de 2009 que os polícias aguardam pelas promoções.
O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, já afirmou que está a trabalhar no sentido de resolver o problema das promoções “em breve”.
“Temos estado a trabalhar no sentido de resolver as questões que se colocam à PSP, nomeadamente as questões relacionadas com as promoções resultantes de concursos já realizados no passado, e estou certo de que vamos resolvê-los”, disse Rui Pereira.
O presidente da ASPP afirmou ainda que existem outras matérias que atualmente estão a "prejudicar" os polícias e que necessitam de "uma resolução com caráter de urgência", mas as promoções e os concursos são as prioritárias e que "podem pôr em causa o funcionamento" da Polícia de Segurança Pública (PSP).
A PSP tem atualmente cerca de 22 mil polícias.