Açoriano Oriental
Peça de teatro “A História da História” recria obra de Medeiros Cabral

Arquipélago apresenta, no domingo, “A História da História”, uma peça de teatro que recria o tríptico “A História”, de Medeiros Cabral

Peça de teatro “A História da História” recria obra de Medeiros Cabral

Autor: Ana Carvalho Melo

O Arquipélago - Centro de Arte Contemporânea apresenta no próximo domingo a peça de teatro “A História da História,” uma performance que, através de imagens, música, movimento e palavras, procura contar a história por trás do tríptico “A História,” pintado por Medeiros Cabral.

Esta peça para o público de todas as idades, que é apresentada no domingo, dia 25 de agosto, pelas 16h00, é uma criação da Associação Rodopio D’Ideias, com texto e encenação de Claudio Hochman, interpretação de Carlota Blanc, e produção do Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas.

“Construímos um espetáculo unipessoal onde a Carlota assume todo o palco para recriar o tríptico ‘A História’. Para isso, inventámos uma narrativa para cada uma das personagens representadas na obra. Estas personagens, por vezes, cantam, interagem com o público e, ao longo do espetáculo, no quadro que começa em branco, vão surgindo gradualmente todas as figuras,” explica Claudio Hochman ao Açoriano Oriental.

Hochman acrescenta que esta experiência de criar um espetáculo a partir de uma exposição é algo que já tem vindo a fazer há vários anos, sempre com reações variadas e enriquecedoras.

“Em Lisboa, durante muitos anos, trabalhei com jovens, fazendo performances nos museus. O trabalho era semelhante a este: levávamos os jovens aos museus para que se inspirassem nas obras e, a partir delas, criassem algo – seja um texto, uma coreografia, uma canção ou uma cena de teatro. Posteriormente, essas criações eram apresentadas diante das próprias exposições. Foi esta metodologia que utilizámos aqui, parando em frente à obra de Medeiros Cabral e ouvindo o que ela tinha para nos contar,” explica, sublinhando que o público, após experiências como esta, costuma regressar ao museu com um novo olhar sobre as obras.

Patente até 8 de setembro, a exposição interpretativa “A Chuva Padrão” pretende oferecer uma nova abordagem ao trabalho de Medeiros Cabral, um artista que faleceu precocemente aos 24 anos de idade. Para além do conhecido tríptico “A História,” a exposição inclui um conjunto de obras que abordam os diversos temas e materiais que marcaram as suas preocupações ao longo do seu percurso. São também apresentados desenhos, desde os primeiros até aos últimos, realizados na Escola Superior de Belas Artes do Porto, onde estudava à data do seu falecimento.

A exposição inclui ainda documentação, fotografias, objetos pessoais e escritos do artista que fazem parte do acervo da família. Estes materiais nunca tinham sido exibidos anteriormente, sendo esta a primeira vez que são partilhados com o público.

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