Autor: AO Online/ Lusa
"Está na hora de lançar este movimento de pressão política, com este calendário, que é ser desencadeado enquanto o Orçamento [do Estado para 2020] não está na Assembleia da República", afirmou Edgar Silva, em conferência de imprensa, indicando que o PCP entregou no parlamento da Madeira um projeto de resolução nesse sentido.
Os comunistas elegeram um deputado nas regionais de 22 de setembro, o próprio Edgar Silva, e querem agora ver aprovada na Assembleia Legislativa a proposta que recomenda ao Governo da República a tomada de "medidas administrativas e funcionais" e com "caráter de urgência", com vista à concretização da lei do subsídio social de mobilidade.
A lei entrou em vigor a 06 de setembro de 2019 e fixa em 86 e 65 euros as tarifas aéreas pagas, respetivamente, por residentes e estudantes madeirenses em viagens para o continente e Açores, sendo o restante pago diretamente pelo Estado às companhias.
Atualmente, os passageiros adiantam a totalidade do valor do bilhete e depois são reembolsados do diferencial, até um teto máximo de 400 euros.
A lei não tem, contudo, aplicação prática enquanto não for aprovada a portaria de regulamentação.
Edgar Silva considera que o Governo da República poderá servir-se desta condicionante como "subterfúgio", adiando constantemente a aprovação da portaria para o "dia de são nunca".
"Daí a urgência desta iniciativa. Este é um processo de pressão política", sublinhou.