Açoriano Oriental
PCP apela à lembrança dos "crimes do fascismo" 80 anos após II Guerra Mundial

O Partido Comunista Português (PCP) alertou este sábado que os “crimes do fascismo” não podem cair no esquecimento, 80 anos após o começo da Segunda Guerra Mundial.


Autor: AO Online/ Lusa

Para o partido, num comunicado divulgado a propósito do aniversário do início do conflito, “oitenta anos depois da eclosão da Segunda Guerra Mundial e num momento em que no País e no mundo se procura branquear os crimes do fascismo e animar conceções e forças de extrema-direita, os crimes do fascismo e do belicismo imperialista não podem ser esquecidos”.

O PCP defende ainda que Portugal tem de recusar colaborar com o “belicismo agressivo” das principais potências, 80 anos depois do começo da Segunda Guerra Mundial.

“Portugal tem de recusar colaborar com o belicismo agressivo dos Estados Unidos da América/Organização do Tratado do Atlântico Norte [NATO, na sigla em inglês]/União Europeia”, declarou o PCP num comunicado emitido para assinalar o 80.º aniversário do começo da guerra, com o título “Lutar pela paz e o desarmamento”.

“O governo português tem de cumprir as suas obrigações constitucionais e tomar partido ativo pelo respeito da Carta da Organização das Nações Unidas e dos princípios consagrados do direito internacional, princípios de paz e recusa de guerras e ingerências, de respeito pela soberania dos povos e países”, acrescentou.

Oitenta anos depois de a Segunda Guerra Mundial ter começado, “hoje o perigo principal da guerra provém das velhas potências imperialistas, com destaque para os Estados Unidos da América”.

Entre elas, considerou que estão também potências europeias, que “querem preservar pela força uma dominação política, que cada vez menos corresponde à realidade económica mundial, em acelerada transformação”.

“O capitalismo em crise ameaça conduzir de novo a Humanidade para o autoritarismo e a guerra que, na era nuclear, representaria uma catástrofe planetária”, refere o PCP.

Também hoje, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apelou ao ensino da II Guerra Mundial aos jovens, assinalando o atual “recrudescer de pulsões extremistas e intolerantes” e “novas formas de populismo radical e xenófobo”.

“No nosso tempo, caracterizado por novas ameaças à democracia e à liberdade, marcado pelo recrudescer de pulsões extremistas e intolerantes, pelo surgimento de novas formas de populismo radical e xenófobo, devemos revisitar a catástrofe de há 80 anos, para não repetir os erros desse pretérito imperfeito”, defendeu Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado português foi hoje representado pelo antigo Presidente da República Ramalho Eanes nas cerimónias que evocaram o início da II Guerra Mundial, em Varsóvia, na Polónia.



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