Autor: Susete Rodrigues/AO Online
Paulo Moniz que reuniu com os responsáveis pelo IVAR, da Universidade dos Açores, frisou na ocasião que “o planeamento e o financiamento atuais são insuficientes para garantir a continuidade e oferecer perspetivas estáveis de evolução e de carreira aos investigadores do IVAR”, pelo que “a avaliação e atribuição pela FCT do selo de excelência a este centro de investigação científica não é compatível com a elevada rotação e inconstância de recursos humanos, que devem ter um carácter permanente e continuado, perpetuando uma escola em áreas científicas e do saber que são essenciais para os Açores e para o País”.
O social democrata lembrou que o IVAR, recentemente, para além de ter recebido a classificação de centro de excelência, atribuída pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, “presta uma colaboração essencial no sistema de vigilância sismológica e de emissão de gases no arquipélago, um papel muito importante para garantir a segurança da população e de quem nos visita”.
O candidato disse ainda que “os Açores são a região do país em que mais se estudam intensivamente os fenómenos sismológicos e vulcânicos, até pela próprias características intrínsecas do nosso arquipélago, mas é ao Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) que cabe a competência oficial do aviso e acompanhamento da atividade sismológica”.
“Acontece que o IVAR tem tido um trabalho central a esse nível, até porque possui mais investigadores no terreno, tem mais estações de vigilância nos Açores e está, por isso, mais capacitado para poder fazer uma avaliação mais precisa e mais próxima dos acontecimentos, em primeira mão”.
Desta forma, Paulo Moniz defende um protocolo entre o IPMA e o IVAR, precisamente no que diz respeito às estações de vigilância sismológica, “não fazendo sentido que cada um trabalhe independentemente, e produza informação independente que, em ultima instância, até pode confundir o público. Esse é um disparate, quer ao nível da otimização dos recursos do Estado e do esforço de investimento, quer da mensagem que deve ser única”, concluiu.