Açoriano Oriental
Países da UE devem investir na cultura e ciência para fazer face à crise
O presidente da Comissão Europeia defendeu esta segunda-feira que a União Europeia deve apostar num modelo de desenvolvimento para sair da crise assente no apoio à cultura, investigação e inovação, frisando que o novo programa europeu para este setor vai aumentar.
Países da UE devem investir na cultura e ciência para fazer face à crise

Autor: Lusa/AO Online

 

Na abertura do terceiro Fórum Europeu de Cultura, que decorre no Centro de Artes Bozar, em Bruxelas, José Manuel Durão Barroso deixou um forte apelo aos Estados-membros para investirem nos setores ligados à produção cultural e à ciência.

"Os gastos em cultura não são um luxo, mas um investimento muito importante, não apenas para o longo prazo (?) Se a Europa quer sair mais forte destes tempos difíceis, temos, mais do que nunca, de estimular um novo modelo de crescimento sustentado no conhecimento, na criatividade, na investigação e inovação como fatores-chave. Cortar despesa nestas áreas é precisamente a coisa errada a fazer", afirmou o chefe do executivo comunitário.

Barroso referiu que "corrigir os desequilíbrios nas finanças públicas é importante", e "para alguns países indispensável e urgente", mas advertiu que é preciso "fazer uma consolidação fiscal inteligente".

"Encorajamos [os responsáveis políticos] todos os níveis de decisão, local, regional, nacional e europeu, a desenvolverem estratégias de desenvolvimento integradas, de apoio ao setor criativo e cultural", declarou.

Neste contexto, Durão Barroso assinalou que o novo quadro de financiamento pode ser um instrumento importante para desenvolver programas específicos de apoio à cultura e salientou que o programa "Europa Criativa", da Comissão Europeia, vai ter um orçamento de 1,46 mil milhões de euros, "o que representa um aumento de 9% em relação ao financiamento atual".

"A cultura é e foi sempre o cimento que uniu a Europa, a cultura europeia é a plataforma de diálogo entre povos com heranças históricas diferentes e a forma de ultrapassarmos os preconceitos, a participação cultural aumenta a coesão social e é essencial para revitalizar as sociedades numa época de crise", advogou o presidente da Comissão Europeia.

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