Autor: Arthur Melo
Os adeptos fabris puderam ver, ao vivo e a cores, aquilo que só tinham conhecimento pela rádio, jornais e televisão: a vitória do Operário, a primeira para o campeonato, depois de dois triunfos obtidos em jogos fora para a Taça de Portugal.
Frente ao Pampilhosa, em jogo da quarta jornada da Ii Divisão Série C, os jogadores da equipa lagoense não só conseguiram a vitória mas fizeram-no por números expressivos, exorcisando possíveis fantasmas que pudessem poder tomar conta da equipa.
Além disso, a qualidade da equipa foi adocicada pelos golos que traduziram, fielmente, a mais valia do actual grupo de trabalho às ordens de Francisco Agatão.
Contudo, o reconhecimento por parte dos adversários da qualidade e potencial dos fabris obrigam-nos as cautelas e caldos e galinha nas abordagens que fazem aos jogos com o Operário, mormente na Lagoa. E, o Pampilhosa, não foi excepção.
Helder foi o único homem que não tinha ordens para se colocar atrás da linha da bola quando esta estivesse em posse dos fabris, pelo que os espaços para que o Operário pudesse explanar o seu futebol foram uma raridade.
Tal estratégia adversária - aliada à rapidez com que os continentais saíam para o contra golpe - obrigava a um jogo de paciência e de rapidez na troca do esférico, no sentido de criar desequilíbrios e brechas na defensiva do Pampilhosa.
O Operário, na primeira parte, não soube ser paciente e foi mesmo surpreendido num lance de bola parada, em que Helder mostrou aos fabris como se faz - lance este em que nos parece faltoso, dado que Hugo Grilo foi impedido de poder fazer a intercepção.
Dominantes, os lagoenses não tremeram e Lucas, ainda antes do intervalo, deu o mote aos companheiros, com um remate de raiva que só parou no fundo das redes.
No segundo tempo, e fazendo da paciência e da rápida troca de bola com a plena utilização das alas, o Operário não sentiu grandes dificuldades para aniquilar um adversário que tudo fez para tapar os caminhos da sua baliza onde esteve um Eduardo que apenas não defendeu o impossível.
Na retina fica o último golo do jogo, segundo de Fabrício, numa triunfante calvagada do meio campo até à baliza.
Nova derrota praiense
Na Praia da Vitória, o Praiense não foi feliz na recepção ao Tourizense, também em partida da quarta ronda.
A equipa de Moisés Pacheco perdeu por 0-1, resultado que castiga a inefácia dos praienses que tiveram soberanas oportunidades para conseguir um resultado bem diferente.
O Praiense é a única equipa na Série C que soma por derrotas os três encontros já efectuados, sendo o último da classificação.