Enquanto presidente da Câmara
Municipal do Corvo, quais são as suas principais preocupações?
São
muitas, mas obviamente que passam por tentar criar condições para
que as pessoas se sintam bem e que continuem a gostar de viver no
Corvo.
O nosso orçamento anda à volta de um milhão e 800 mil
euros, sendo que 800 mil euros são despesas com pessoal. Não nos
sobra muito dinheiro para os investimentos, mas a Câmara assume (já
que a iniciativa privada não tem muita capacidade de absorver
mão-de-obra) também o papel social de maior empregador. Nós temos
atualmente 44 funcionários a cargo da Câmara, o que equivale a 10%
da população total da ilha. Por isso, uma das nossas preocupações
é chegar ao fim do mês e fazer face a essas despesas. O rendimento
de 40 famílias depende disso.
Já se nota o efeito do turismo no
Corvo?
Sem dúvida nenhuma. Mas, nós temos de ter noção das
limitações do Corvo. Nesta altura, temos como oferta 48 camas
oficiais, contando com o alojamento tradicional e alojamento local,
por isso não podemos ter a pretensão que seja muito mais do que
isso.
Até onde pode ir, na sua opinião, a oferta hoteleira e a
capacidade de desenvolvimento turístico do Corvo?
Obviamente não
temos um valor definido, mas eu penso que mais 20 camas será o nosso
limite.
No ano passado, tivemos o exemplo de pessoas que cá
vieram e que não são consideradas turistas, porque nas estatísticas
turísticas só contam as dormidas. E nós temos muitas pessoas que
vêm ao Corvo, que não dormem por aqui, e que passam cá três ou
quatro horas no máximo. Mas, durante essa altura, chegamos a ter
cerca de mais 100 pessoas do que o habitual.
Leia a entrevista na íntegra na edição impressa do jornal Açoriano Oriental de sexta-feira, 21 de junho de 2019
