Autor: Paulo Simões/ Carolina Moreira
Enquanto presidente da Câmara
Municipal do Corvo, quais são as suas principais preocupações?
São
muitas, mas obviamente que passam por tentar criar condições para
que as pessoas se sintam bem e que continuem a gostar de viver no
Corvo.
O nosso orçamento anda à volta de um milhão e 800 mil
euros, sendo que 800 mil euros são despesas com pessoal. Não nos
sobra muito dinheiro para os investimentos, mas a Câmara assume (já
que a iniciativa privada não tem muita capacidade de absorver
mão-de-obra) também o papel social de maior empregador. Nós temos
atualmente 44 funcionários a cargo da Câmara, o que equivale a 10%
da população total da ilha. Por isso, uma das nossas preocupações
é chegar ao fim do mês e fazer face a essas despesas. O rendimento
de 40 famílias depende disso.
Já se nota o efeito do turismo no
Corvo?
Sem dúvida nenhuma. Mas, nós temos de ter noção das
limitações do Corvo. Nesta altura, temos como oferta 48 camas
oficiais, contando com o alojamento tradicional e alojamento local,
por isso não podemos ter a pretensão que seja muito mais do que
isso.
Até onde pode ir, na sua opinião, a oferta hoteleira e a
capacidade de desenvolvimento turístico do Corvo?
Obviamente não
temos um valor definido, mas eu penso que mais 20 camas será o nosso
limite.
No ano passado, tivemos o exemplo de pessoas que cá
vieram e que não são consideradas turistas, porque nas estatísticas
turísticas só contam as dormidas. E nós temos muitas pessoas que
vêm ao Corvo, que não dormem por aqui, e que passam cá três ou
quatro horas no máximo. Mas, durante essa altura, chegamos a ter
cerca de mais 100 pessoas do que o habitual.
Leia a entrevista na íntegra na edição impressa do jornal Açoriano Oriental de sexta-feira, 21 de junho de 2019