Açoriano Oriental
Novo projecto da Vila Galé para Beja terá 650 unidades de alojamento
O novo projecto do grupo Vila Galé para Beja inclui um aldeamento e três aldeias alentejanas com 650 unidades de alojamento, entre moradias e apartamentos, um hotel e tendas luxuosas amovíveis, junto à barragem do Roxo.

Autor: Lusa/ AO
Em declarações a jornalistas, o presidente do grupo Vila Galé, Jorge Rebelo de Almeida, adiantou que o investimento para o projecto ainda não está definido, mas as oito a 10 tendas "super-luxuosas", com "todas as condições de conforto", deverão avançar já no próximo ano.

    A ideia das tendas, avançada por Rebelo de Almeida, pretende "conferir alguma originalidade e exotismo" ao empreendimento em pleno Baixo Alentejo.

    Quanto ao resto do projecto, a previsão é que as obras comecem no início de 2009, garante Rebelo de Almeida, embora não deixe de salientar que "tudo depende de a água de Alqueva chegar ou não" à barragem do Roxo, um efeito da concretização do Grande Lago que beneficia a propriedade de cerca de 1.620 hectares.

    A juntar-se ao empreendimento Clube de Campo Vila Galé, com 81 quartos e a funcionar na Herdade da Figueirinha, a 25 quilómetros de Beja, o grupo terá um campo de golfe, um aldeamento com 150 moradias isoladas e 200 em banda, três aldeias com características alentejanas, com 100 apartamentos cada uma, e um hotel com 20 suites e 20 apartamentos, explicou o responsável.

    Segundo Jorge Rebelo de Almeida, o estudo prévio do projecto já foi apresentado ao presidente da Câmara Municipal de Beja, Francisco Santos, e a "aceitação foi positiva".

    Uma reacção que se estendeu à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDRA), que também já teve conhecimento das intenções do grupo Vila Galé.

    Apesar de frisar que "não conhece o projecto em pormenor", Francisco Santos, em declarações à Lusa, considerou tratar-se de "um investimento importante e capaz de atrair turismo de qualidade para a região".

    "Só esperamos que não seja um projecto imobiliário disfarçado de turístico e uma desculpa para se fazer um campo de golfe", vaticinou o autarca, referindo que "o projecto, quando entrar na autarquia, será analisado para se avaliar os impactos na zona".

    Actualmente, a Vila Galé está a "desenvolver o projecto" para apresentá-lo às entidades que têm responsabilidades neste tipo de investimento.

    Para o empreendimento, a implantar na região de Beja, "a hotelaria será alavancada pela área imobiliária", onde as vendas são imediatas, destinadas tanto ao mercado interno, como ao estrangeiro, principalmente Reino Unido e Irlanda, países onde a procura de segunda habitação é mais elevada.

    O grupo Vila Galé seguiu uma tendência cada vez mais frequente entre os investidores da área do turismo, que juntam à parte hoteleira, uma vertente imobiliária, onde o retorno de investimento é mais imediato e é utilizado para desenvolver os hotéis, mais demorados a recuperar o dinheiro gasto.

    A propriedade da Vila Galé perto de Beja tem 1.620 hectares onde, além da hotelaria e imobiliário, Rebelo de Almeida instalou vinha e olival, com a Casa Santa Vitória, e criação de gado em pastagem, e tem planos para iniciar a cultura de outros produtos, como ginjas.

   
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