Açoriano Oriental
Nove horas a caminhar em todas as 9 ilhas dos Açores pela Igualdade
Uma iniciativa denominada “9 ilhas pela Igualdade” permitiu a realização de uma hora de caminhadas em cada uma das nove ilhas dos Açores, apelando à sociedade para "uma inclusão e integração plena" em Dia Internacional da Pessoa com Deficiência.
Nove horas a caminhar em todas as 9 ilhas dos Açores pela Igualdade

Autor: Lusa / AO online

Em S. Miguel, o ponto de partida foi o Palácio de Santana, em Ponta Delgada, residência oficial do presidente do Governo, onde se concentraram dezenas de pessoas em direção ao centro da cidade de Ponta Delgada.

“É evidente que uma hora em cada uma das ilhas faz a totalidade de nove horas de caminhada. A mensagem é a igualdade. Todos iguais com acessos idênticos”, frisou a presidente da Associação de Pais e Amigos das Crianças Deficientes do Arquipélago dos Açores, Manuela Pereira, instituição que em S. Miguel se juntou à iniciativa.

Segundo explicou, a instituição recebeu o apelo da Associação de Pais e Amigos dos Deficientes da Ilha do Faial (APADIF) para ser colaborante na Marcha que arrancou "às nove da manhã em Santa Maria e foi projetada para só terminar às 18:00 locais nas Flores".

Manuela Pereira frisou que o objetivo "é chamar a atenção para a inclusão e integração numa sociedade da melhor forma possível", afirmando que "ainda há que trabalhar muito com vista à integração plena das pessoas com deficiência" nas empresas, escolas e instituições.

“Temos que trabalhar ainda muito para que sejam integradas nas empresas, nas escolas, nas instituições que dão resposta aos portadores de deficiência que já deixaram os estudos”, sustentou, a presidente da Associação de Pais e Amigos das Crianças Deficientes do Arquipélago dos Açores, instituição que completou este ano 35 anos.

Além disso, Manuela Pereira apontou ainda "a falta de capacidade de resposta" em relação às unidades residenciais para deficientes, uma vez que "em S. Miguel só existem duas estruturas" do género.

"Continuamos a ter muitos pedidos para unidades residenciais. Em S. Miguel só existem duas estruturas do género para deficientes e isto é uma angústia e uma ansiedade muito grande da parte dos familiares e pais".

A Associação de Pais e Amigos das Crianças Deficientes do Arquipélago dos Açores em S. Miguel dispõe de um Centro de Actividades Ocupacionais, aberto de segunda a sexta-feira, e que presta apoio a 70 utentes, além de duas residências uma com 16 utentes e outra com oito.

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