Autor: Lusa/AO online
Deputado desde 2010, Williamson era atualmente líder do grupo parlamentar do Partido Conservador.
Sucede a Michael Fallon, 65, no cargo desde 2014 e que se demitiu na quarta-feira depois de admitir ter tido um comportamento impróprio com uma jornalista, durante um jantar do partido em 2002, ao colocar insistentemente a mão sobre o joelho dela, apesar dos protestos da mulher.
"Reconheço que no passado não estive à altura dos elevados padrões exigidos nas Forças Armadas, que tenho a honra de representar", disse Fallon.
A sua demissão ocorre num contexto de vários casos de assédio sexual que estão a abalar a política britânica, nomeadamente no Partido Conservador, depois da divulgação de vários casos na sequência do caso Harvey Weinstein, o produtor de cinema norte-americano acusado de assédio sexual, agressões sexuais e violações.
Outros dois ministros do Reino Unido foram acusados de assédio: Damian Green, vice-primeiro-ministro, foi acusado por uma antiga militante do partido de lhe ter tocado inapropriadamente e enviado um sms "sugestivo", o que ele desmente, e Mark Garnier, secretário de Estado do Comércio Externo, acusado de utilizar uma alcunha de natureza sexual para designar uma secretária e de lhe ter pedido para comprar brinquedos sexuais.
No Partido Trabalhista houve também uma acusação, feita pela militante Bex Bailey, que disse ter sido violada por outro militante, mais velho, num evento do partido em 2011, quando tinha 19 anos, mas que o partido a pressionou a não fazer queixa.