Autor: Carlota Pimentel
O projeto solidário “Natal com Gratidão” expandiu-se, e nesta segunda edição, além da Mãe de Deus, Associação de Solidariedade Social, vai apoiar o Patronato de São Miguel e a Casa do Gaiato de São Miguel. Criado por Mariana Pavão, o projeto, que começou como uma iniciativa de Natal, estendeu as suas atividades ao longo de todo o ano.
“O ‘Natal com Gratidão’ cresceu muito, na medida em que tivemos muito mais apoio. Também conseguimos mobilizar muitas mais pessoas e conseguimos, acima de tudo, chegar a mais instituições. E a parte das atividades sociais ocorre durante todo o ano”, explica Mariana Pavão em entrevista ao Açoriano Oriental.
A responsável pela iniciativa solidária revela
que, no ano passado, já tinha sido possível chegar ao Patronato de São
Miguel e à Casa do Gaiato, embora numa ação de menor dimensão.
Este
ano, relata, “estendemos a ‘Missão Presentes da Comunidade’ a estas
instituições, em que arranjamos um padrinho na comunidade que compre uma
prenda” para oferecer a uma determinada criança ou jovem. E o resultado
foram 90 presentes, bem como outras “angariações e cabazes de Natal”.
Através do projeto, foi também recolhido um computador portátil para um jovem estudante de informática do Lar da Mãe de Deus; dois frigoríficos para a Casa do Gaiato e um smartphone que foi já entregue ao Patronato de São Miguel.
Mariana Pavão refere que o projeto já possibilitou
a realização de diversas atividades, incluindo jogos de futebol do
Santa Clara, um workshop de maquilhagem, uma ida à gala do Arrifes
Kickboxing Clube, uma sessão de cinema e uma aula de yoga solidária para
recolha de bens.
“Era
praticamente impossível ser apenas uma missão de Natal, porque a parte
das atividades com as crianças é mesmo a mais gratificante. Costumo
dizer que esta parte de angariação de bens e dos postos de recolha é a
mais complicada e chata. A parte divertida é quando tenho oportunidade
de me divertir com eles”, sublinha.
Mariana Pavão realça que a adesão ao projeto “tem sido incrível, sobretudo da comunidade mais jovem”, acrescentando que lhe chegam diariamente mensagens de pessoas a questionar sobre como podem ajudar. “Às vezes, até não consigo dar resposta a tudo”, admite.
“Tem sido muito bom sentir que a comunidade só precisava de um ponto de contacto para fazer mais solidariedade e o Gratidão vem precisamente servir de ponte entre a comunidade e as instituições”, afirma.
E prosseguiu: “Este projeto
trouxe propósito à minha vida. É bom sentir que fazemos a diferença e
que obrigamos as pessoas a olharem para dentro de si e verem que temos
tanto”.
Para o futuro, “pretendo continuar com o desenvolvimento de atividades durante todo o ano e espero que para o próximo ano o “Natal com Gratidão” consiga chegar a mais instituições e a mais crianças”, conclui.