Autor: Lusa /AO Online
A Rússia chegou à vantagem com golos de Sokolov (10) e Afanasyev (13), mas Portugal, à semelhança do que sucedeu nas meias-finais, recuperou com tentos de Tomás Paçó (19), André Coelho (27 e 32) e Pany Varela (40), para revalidar o cetro conquistado em 2018, na Eslovénia, e confirmar o posto de campeão do mundo, na Lituânia, em 2021.
Com a presença do ‘mágico’ e ‘eterno capitão’ Ricardinho nas bancadas, a seleção lusa prosseguiu a caminhada triunfal no futsal, onde desde as meias-finais do Mundial2016 que não perde um jogo oficial, tendo vencido as últimas três fases finais que disputou.
Sem surpresas no ‘cinco’ inicial luso, na Rússia destacava-se a ausência do benfiquista Robinho, que também já tinha ficado de fora das meias-finais, perante a Ucrânia, num início de jogo cauteloso por parte das duas equipas, em que uma ‘arrancada’ de Bruno Coelho, travada ‘in extremis’ pelos russos, aos quatro minutos, foi a primeira ocasião.
No entanto, a seleção de Sergey Skorovich apresentou-se melhor nos minutos iniciais e, já depois de tentativas de Antoshkin e Abramov, chegou ao primeiro golo da partida, aos 10, por Sokolov, com uma grande receção à entrada da área e, em rotação, bateu o guarda-redes André Sousa, com a bola a sofrer um pequeno desvio em Pany Varela.
A pressão dos russos ‘sufocava’ os portugueses, com muitas dificuldades em imporem o seu jogo, vendo mesmo o adversário a ampliar a vantagem aos 13, por Afanasyev, a beneficiar de um bom trabalho de Antoshkin pelo flanco esquerdo do terreno de jogo.
Mesmo com as ameaças de Antoshkin (14, 17 e 19) e de Sokolov (15), Portugal reagiu muito bem à desvantagem de dois golos, tal como nas meias-finais com a Espanha, e Zicky quase marcou, numa defesa apertada de Putilov, mas o tento chegaria mesmo antes do intervalo, aos 19, num remate rasteiro de Tomás Paçó, com ajuda de Putilov.
Chishkala abriu as hostilidades no segundo tempo, com um remate cruzado que levou André Sousa a uma enorme defesa, mas era Portugal quem ia com tudo à procura da igualdade, tentada por Bruno Coelho (22), Zicky (25) e Pauleta (27) antes de consumar.
Aos 27 minutos, a equipa das ‘quinas’ dispôs de uma reposição lateral, à qual Afonso Jesus deixou para André Coelho, que atirou direto à baliza e beneficiou do desvio em Putilov, numa má abordagem ao lance, para que o golo do empate pudesse contar.
O ambiente que os adeptos portugueses colocaram no pavilhão era fervoroso desde o apito inicial, mas mais ficou a partir daqui, numa altura em que André Sousa voltou a ser ‘gigante’ a parar um remate de Sokolov, mas foi mesmo Portugal a repetir o feito das ‘meias’ e a materializar a reviravolta, de novo por André Coelho, aos 32 minutos.
O fixo surgiu ao segundo poste a desviar para o fundo das redes um fantástico passe de Miguel Ângelo e atirou a formação de Jorge Braz para a frente do marcador, o que obrigou a ‘cerrar’ fileiras para os derradeiros minutos, onde a Rússia atirou à trave, por Abramov, jogando já em ‘5x4’ e com Portugal numa extrema organização defensiva.
A Rússia bem tentou, mas a defesa lusa parecia quase intransponível e os remates que passavam eram travados por André Sousa, que susteve o triunfo, sentenciado de vez por Pany Varela, no último segundo, a recuperar a bola e a atirar para a baliza deserta.