Açoriano Oriental
Não é preciso ser economista para perceber que só devemos gastar o que temos
O presidente da Câmara do Porto disse hoje que "não é preciso ser economista" para perceber que só se deve gastar aquilo que se tem, considerando que a falta de rigor atirou Portugal para o "buraco".
Não é preciso ser economista para perceber que só devemos gastar o que temos

Autor: LUSA/AOnline

Rui Rio falava aos jornalistas no final da cerimónia de inauguração da estátua “Amor de Perdição”, uma das iniciativas que marca o 11.º aniversário da eleição como presidente da Câmara do Porto, discurso em que sublinhou o “rigor financeiro e na gestão”, uma “marca” da sua liderança à frente da autarquia.

“É um rigor que faltou em Portugal durante muitos, muitos anos e por isso nos atirou para este buraco. A mentalidade dominante durante muitos anos foi completamente errada, seja nas finanças públicas nacionais do país, seja naturalmente em muitas autarquias do país”, disse.

O presidente da Câmara do Porto foi perentório: “Eu acho que não é preciso ser economista para se perceber que nós só devemos gastar aquilo que temos e não aquilo que não temos”.

Na opinião de Rio, quando se gasta aquilo que não se tem - seja numa câmara municipal, seja no país – está-se a “onerar as gerações futuras, a infernizar a vida das gerações futuras que não têm culpa nenhuma das decisões” tomadas hoje.

“Não é preciso ser economista. Acho que se as pessoas quiserem estar de forma séria na política percebem que têm apenas à sua disposição aquilo que têm e não aquilo que ainda não é seu e que é dos outros”, sublinhou.

Sobre o atual Governo liderado por Passos Coelho, Rio considerou ser “diferente” já que o atual executivo “herdou esta situação e dessa parte não tem naturalmente culpa”.

Questionado sobre o seu sucessor na Câmara do Porto – o presidente da autarquia está a fazer o seu terceiro mandato e não se pode recandidatar – Rui Rio respondeu: “não vamos entrar por aí. Já disse diversas vezes que talvez um dia fale sobre isso mas para já ainda não. Ainda falta muito, muito tempo para as eleições”.

Interrogado sobre se gostaria que houvesse outro candidato da direita, que retirasse “espaço” à candidatura pelo PSD do atual presidente da Câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes, o social-democrata considerou que a pergunta fazia “todo o sentido” mas escusou-se a responder à mesma “agora”.

Sobre o Orçamento do Estado para 2013 e a promulgação por parte do Presidente da República, Rui Rio escusou-se a dar qualquer conselho ou opinião pública a Cavaco Silva.

“A figura do Presidente da República, seja o professor Cavaco Silva ou outro qualquer, merece-nos um respeito de tal ordem e é tão importante para o país preservar a figura do Presidente da República que eu nunca daria conselhos em público ao Presidente da República”, disse.

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