De acordo com o autor, a escultura “A origem do mundo” foi construída “nos últimos meses, partindo de uma ideia de cascata. Em 2013, desenhei uma queda de água muito semelhante a esta com exceção de um sistema de vídeo que, na altura, me pareceu fundamental”, refere nota do Gacs.


Esta escultura, que transporta água no seu interior, “remete-nos para a abundância de água que a Ilha oferece. Num sistema transparente e fechado, a água circula passando por uma série de aparelhos de laboratório, também eles transparentes. Esta peça é um sistema que replica a natureza”, adianta.


Miguel Palma nasceu em 1964 em Lisboa, onde vive e trabalha atualmente. Expõe regularmente desde o final dos anos 80. Nos anos 90 consagrou-se como um dos artistas portugueses mais inovadores. O seu percurso artístico, de base escultórica, é marcado por instalações produzidas de forma não tradicional.


Trabalhando frequentemente em grupo com equipas de engenheiros, mecânicos, carpinteiros e biólogos, entre outros especialistas, as criações de Miguel Palma têm vindo a orientar-se numa direção híbrida, ligada à produção industrial do século XX.


A obra deste artista plástico aborda frequentemente o modo como a tecnologia tem influenciado a vida do homem moderno, a sua relação com o ambiente, a ideia de conforto humano ou mesmo a ideia de poder.


Miguel Palma tem também criado vídeos, livros e performances. Desde 2007 que tem participado regularmente em residências artísticas internacionais.