Açoriano Oriental
Movimento ‘Servir o Benfica’ pede AG extraordinária para revisão dos estatutos

O movimento ‘Servir o Benfica', que nas últimas eleições apoiou a candidatura de João Noronha Lopes, anunciou hoje que vai solicitar uma revisão dos estatutos para "devolver a mística" e a "democraticidade" ao emblema ‘encarnado'.

Movimento ‘Servir o Benfica’ pede AG extraordinária para revisão dos estatutos

Autor: AO Online/ Lusa

Numa comunicação feita numa sessão online, João Pinheiro, representante do movimento, destacou que, no dia em que se comemoram 66 anos da inauguração do antigo Estádio do Sport Lisboa e Benfica, o movimento entendeu que era a data apropriada para iniciar um movimento de "restauração de valores" no clube.

João Pinheiro sublinhou que "transparência e democracia" serão valores centrais neste processo de revisão e deixou críticas ao recente processo eleitoral, onde Luís Filipe Vieira foi eleito para um novo mandato de quatro anos.

"Colocámos questões ao presidente da mesa da AG, salientando a necessidade de não deixar perdurar as suspeições do ato eleitoral, mas até hoje não obtivemos resposta", disse João Pinheiro.

O representante do movimento, que qualificou o processo eleitoral como "duvidoso e opaco", criticou a imposição do voto eletrónico e admitiu que "as suspeitas perante os resultados e a perda de mística do clube" aceleraram a pretensão de fazer a marcação de uma AG extraordinária onde se debata a revisão estatutária.

Coube a João Leite a apresentação das 14 medidas que o movimento propõe para levar por diante a revisão dos estatutos das ‘águias', tendo começado por realçar que se trata de um "trabalho que vem desde a campanha eleitoral" e que engloba ideias de outras candidaturas", "que não se pretende fazer uma revolução", mas sim "alterações cirúrgicas importantes".

Entre as medidas anunciadas, João Leite enumerou a atribuição de uma dignidade estatutária às cores dos equipamentos, a abolição da descriminação entre os sócios correspondentes e sócios efetivos, a atualização do número de sócios de cinco em cinco anos, a responsabilização da direção e do conselho fiscal quanto à realização e aprovação do Relatório e Contas, a limitação de mandatos dos titulares de órgãos sociais, a realização da eleição dos órgãos sociais em listas separadas e a realização de uma segunda volta nas eleições caso a lista vencedora não obtenha mais de metade dos votos.

Além destas medidas, o representante do movimento ‘Servir o Benfica' elencou ainda a redefinição do número de votos em função da antiguidade associativa, a abolição do direito de votos das delegações e filiais do clube, a avaliação dos critérios para eleição de membros dos órgãos sociais, a marcação das reuniões da AG exclusivamente em dias de fim de semana ou feriados nacionais, a abolição do voto eletrónico, a criação de condições para que os sócios correspondentes possam assistir às reuniões por meios telemáticos e a elaboração e aprovação de um regulamento eleitoral como outras das medidas que o movimento quer ver plasmadas na revisão de estatutos, que espera que "avance em breve".

A terminar, os representantes do movimento garantiram ainda que este atua com "independência" face aos candidatos que se apresentaram às últimas eleições, que se trata somente de uma "iniciativa de sócios benfiquistas" e que nada tem de influência de João Noronha Lopes.

"É uma iniciativa de benfiquistas, para benfiquistas e que visa a revitalização do associativismo do Benfica", concluiu João Pinheiro.

Às eleições no Benfica concorreram Luís Filipe Vieira, que se recandidatou a um sexto mandato e venceu, com 62,59% (471.660 votos), batendo a lista B, liderada por João Noronha Lopes, que conseguiu 34,71% (261.574), e a lista D, de Rui Gomes da Silva, que ficou nos 1,64% (12.341).


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