Em declarações aos jornalistas no Parlamento, Mota Amaral acrescentou que está convencido de que a norma "vai cair".
O Parlamento aprovou hoje, por unanimidade, uma nova versão do Estatuto Político-Administrativo dos Açores, apesar de PSD e PCP alegarem que a redacção do artigo 114º é inconstitucional por obrigar o Presidente da República a ouvir os órgãos regionais - Governo Regional e Assembleia Legislativa - em caso de dissolução da Assembleia Legislativa Regional.
Durante a reapreciação em plenário do Estatuto, o deputado do PS Ricardo Rodrigues assinalou o facto de não ser Mota Amaral a fazer a intervenção do PSD e alegou que o deputado não se reconheceria nas palavras do seu partido.
À saída do debate, Mota Amaral desmentiu o PS dizendo que subscreve a posição transmitida pelo líder parlamentar do PSD, Paulo Rangel.
Interrogado sobre se concordava que o artigo nº114, hoje aprovado, é inconstitucional, Mota Amaral respondeu: "é de facto essa a minha opinião".
"Vamos ver os capítulos, o que é que acontece. A minha percepção é que isto vai também cair", disse o social-democrata.
O ex-presidente do governo regional dos Açores afirmou que "esta querela serve os interesses eleitorais do PS mas a região sai prejudicada".
A primeira versão do Estatuto dos Açores foi vetada após o Tribunal Constitucional ter considerado que o diploma continha normas inconstitucionais.
Além das normas consideradas inconstitucionais, Cavaco Silva contestou outras, com destaque para o artigo 114º, afirmando que constituíam “restrições ao exercício dos poderes por parte do Presidente da República que não constam da Constituição”.
Mota Amaral concorda que Estatuto dos Açores tem norma inconstitucional
O deputado do PSD Mota Amaral disse hoje concordar que a nova versão do Estatuto Político-Administrativo dos Açores, aprovada pelo Parlamento, tem uma norma inconstitucional sobre a dissolução da assembleia legislativa.
Autor: Lusa / AO Online
