Açoriano Oriental
Ministros debateram futuro da Política de Coesão em Ponta Delgada
Os ministros do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional analisaram hoje o futuro da Política de Coesão na União Europeia, para o período pós-2013, num encontro informal promovido pela Presidência Portuguesa, nos Açores.

Autor: Lusa / AO online
    “Estamos a iniciar um período de utilização de fundos comunitários (Quadro de Referência Estratégico Nacional), mas é agora que importa começar a preparar aquilo que são as políticas depois de 2013”, explicou o ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional.

    Em conferência de imprensa, Francisco Nunes Correia adiantou que se trata de uma “reflexão demorada”, alegando que é importante que “algumas questões de grande importância estratégica” para os Estados-Membros, como a Política de Coesão, sejam discutidas mesmo antes das matérias financeiras.

    Por isso, a “Presidência Portuguesa tem procurado dar relevo a essa discussão do futuro da Política de Coesão”, disse o ministro português, para quem Portugal assume diversos aspectos que “são particularmente caros” nesta matéria.

    Segundo Nunes Correia, a Presidência Portuguesa da União Europeia considera que a Política de Coesão se assume como a estratégia de desenvolvimento dos territórios, razão pela qual constitui um dos “pilares” da integração europeia.

    Além disso, deve reforçar a orientação para objectivos comuns a toda a União Europeia, uma vez que as políticas adequadas para os territórios europeus “devem estar alinhadas com os grandes desígnios” da União.

    “Especificidades territorial, regional, nacional, mas ao serviço dos grandes desígnios da União Europeia”, defendeu o ministro português do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional.

    Segundo Nunes Correia, em cima da mesa do encontro informal de hoje estiveram, assim, as “linhas de rumo para o pós 2013”.

    “É assim que as coisas se fazem na Europa. É agora, em 2007, que se começa a preparar o pós 2013”, alegou Francisco Nunes Correia.

    Para a comissária europeia responsável pelas Políticas Regionais, todas as regiões europeias têm de se posicionar de forma a estarem num contexto global.

    “Hoje em dia, as regiões de maior sucesso da União Europeia são as que, de facto, conseguiram internacionalizar as suas economias”, salientou Danuta Hubner, na conferência de imprensa.

    A comissária europeia considerou, ainda, a central de produção de energia geotérmica que visitou na ilha de São Miguel como um “excelente exemplo” de como os desafios globais devem ser abordados por cada região da Europa.

    “Trata-se da eficácia energética, que é um dos grande desafios para a União Europeia”, disse Danuta Hubner.

    Segundo afirmou, a Política de Coesão, nos próximos anos, terá de contribuir, cada vez mais, para o fortalecimento da economia europeia.

    “Estamos aqui a falar sobre as políticas, mas, em simultâneo, temos muitas provas que esta política já trouxe grandes alterações no seio da União Europeia”, afirmou Danuta Hubner, no final dos trabalhos da reunião informal de dois dias que decorreu na ilha de São Miguel.
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