Autor: Lusa/AO Online
“O Ministério da Economia apenas está à espera de receber o contrato que a direção regional tem que celebrar. Estamos à espera que se entendam”, disse a fonte, sublinhando que as questões levantadas pelo presidente do Governo regional dos Açores “não dizem respeito ao Governo da República”.
Carlos César disse, na quarta-feira, que o atraso do Governo da República na extensão do cabo de fibra ótica às Flores e Corvo é “desprezível”, assegurando que o problema será resolvido este mês.
“É um comportamento inacreditável, de usura por parte da PT e desprezível por parte do Governo da República”, afirmou Carlos César, numa intervenção perante o Conselho de Ilha das Flores.
A fonte do Ministério da Economia lamentou que os responsáveis governamentais açorianos tenham sempre omitido neste processo a responsabilidade da direção regional, que “tem que se entender com a outra parte”.
Na quarta-feira, o PSD/Açores denunciou, em comunicado, que a entrada em vigor do contrato para a instalação daquele cabo depende da aprovação da candidatura a fundos comunitários, nomeadamente ao Programa Operacional dos Açores para a Convergência (PROCONVERGENCIA).
A Portugal Telecom (PT), na resposta a uma petição entregue sobre esta matéria na Assembleia Legislativa dos Açores, referiu que "a eficácia do contrato [relativo à instalação do cabo de fibra ótica] está dependente cumulativamente do visto do Tribunal de Contas, já emitido, e da assinatura do contrato de financiamento com o fundo PROCONVERGÊNCIA, sendo que somente após disponibilização do financiamento público será possível dar início à instalação do cabo submarino referido".
O PSD/Açores requereu na quarta-feira a audição parlamentar do vice-presidente do executivo regional para explicar o atraso na aprovação desta candidatura.
As ilhas das Flores e do Corvo, que constituem o Grupo Ocidental dos Açores, são as únicas do arquipélago que ainda não estão ligadas ao cabo de fibra ótica.
O contrato para a realização desta obra foi assinado em meados de maio de 2011, mas os trabalhos ainda não começaram, o que tem motivado protestos do Governo dos Açores.