Açoriano Oriental
Médio Oriente: Mais de 100 antigos eurodeputados exigem suspensão de acordo entre UE e Israel

Mais de 100 antigos eurodeputados, entre eles o ex-alto representante para a diplomacia Josep Borrell, exigiram à União Europeia que suspenda o acordo de associação com Israel, que acusam de cometer um "crime de guerra".

Médio Oriente: Mais de 100 antigos eurodeputados exigem suspensão de acordo entre UE e Israel

Autor: Lusa

De acordo com uma carta, consultada pela Lusa, os 110 antigos eurodeputados, entre eles os socialistas portugueses Maria Belo, Margarida Marques, Jamila Madeira e Ricardo Serrão Santos, e o ex-alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, exigiram ao executivo comunitário que suspenda o acordo de associação com Israel por causa da ofensiva na Faixa de Gaza.

Os signatários acusam Israel de estar a deixar a população palestiniana morrer à fome deliberadamente e, por isso, estar a cometer um "crime de guerra".

"[Israel] viola os direitos humanos fundamentais nos quais a UE estabelece acordos com países terceiros", sustentaram os 100 antigos membros do Parlamento Europeu.

Apesar de reconhecerem a importância da suspensão da participação de empresas israelitas num programa de financiamento - por estarem a ser utilizadas para a ocupação do enclave palestiniano e o homicídio de civis -, os signatários consideram que "é muito pouco e veio tarde".

Por essa razão, exigem a todos os Estados-membros e à Comissão Europeia, liderada por Ursula von der Leyen, que suspendam o acordo de associação com Israel na totalidade.

Os signatários acrescentam que qualquer decisão que seja contrária a esta não só viola o Tratado da UE, como também é sinónimo de "cumplicidade com este crime de guerra".

O conflito em Gaza foi desencadeado pelos ataques liderados pelo movimento islamita palestiniano Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, onde perto de 1.200 pessoas morreram e cerca de 250 foram feitas reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma vasta operação militar no território, que já provocou mais de 61 mil mortos, segundo as autoridades locais, a destruição de quase todas as infraestruturas do enclave e a deslocação de centenas de milhares de pessoas.

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