Açoriano Oriental
Mayra Andrade e Moullinex vão ajudar a celebrar 10 anos do Azores Burning Summer

Comemoração dos primeiros 10 anos deste Eco Festival dos Açores abre programação musical com música africana. Moullinex atua em banda pela única vez em 2024, em “concerto exclusivo”

Mayra Andrade e Moullinex vão ajudar a celebrar 10 anos do Azores Burning Summer

Autor: Sara Lima Sousa

O Eco Festival Azores Burning Summer regressa nos dias 30 e 31 de agosto à praia dos Moinhos, no Porto Formoso, para comemorar a sua 10.ª edição.

O primeiro dia de programação musical, a 30 de agosto, será uma noite de ligação a outra cultura, com música africana. Nesse sentido, contará com atuações de três artistas/bandas de Cabo Verde, nomeadamente Mayra Andrade (acompanhada por Djodje Almeida), Ferro Gaita e Princezito.

“Ao promovermos uma noite dedicada à cultura cabo-verdiana, queremos reforçar a ligação com este arquipélago irmão, com quem temos uma grande relação desde as primeiras edições”, explicou Filipe Tavares, diretor do festival, em declarações ao Açoriano Oriental.

A ligação do festival às músicas do mundo é uma das “características mais marcantes” deste evento, cada vez mais “cosmopolita”. Há uma crescente procura pelos sons “exóticos” de outras latitudes, segundo informação divulgada pela organização.

No sábado, dia 31, será também uma “noite especial” porque o palco vai receber “as bandas mais aclamadas ao longo das 10 edições” do Azores Burning Summer, segundo a organização. Com a curadoria de Moullinex (Luís Clara Gomes), o objetivo é “repetir nomes porque o público os destacou”.

O concerto de Moullinex é um deles e “será um concerto exclusivo, o único concerto em formato banda que Moullinex irá realizar em 2024”, com convidados especiais: Selma Uamusse e os Best Youth.

A programação musical este ano irá ainda contar com Da Chick, Xinobi Live, a dupla Moullinex & Xinobi num ‘back-to-back’, Moinhos Revival (duas ‘jam sessions’ organizadas pelos músicos Jaime Goth e Ricardo Reis). E, os Dj’s residentes: Adrian Sherwood com MC Ghetto Priest, Novo Major, Isilda Sanches, Herberto Quaresma, Pedro Tenreiro, Milhafre, Mesquita & Laura, Narco Paulo e FLiP.

“De resto, a dinâmica de concertos decorre como é habitual, num formato já consolidado, entre os concertos gratuitos na praia aos concertos pagos no Parque dos Moinhos. Teremos, na mesma, o Palco Tropical”, indicou o diretor da organização.

Uma “enorme tenda”, com capacidade para abrigar todo o público presente no evento, será instalada no local, em caso de chuva. Foi estabelecida uma lotação máxima de 2500 pessoas, “que corresponde a dois terços do máximo permitido por lei”, para garantir o “conforto, segurança, acessibilidade e espaço para o público dançar”.

“Vertente ambiental como base para o sucesso económico e social”

O festival tem conquistado “muitos turistas e as comunidades imigrantes, sobretudo as que residem em São Miguel”, o que evidencia o cumprir de um dos principais objetivos do projeto: “unir os povos através da cultura e reunir esforços para a construção de um mundo melhor”, lê-se ainda.

A conjugação de um programa artístico e cultural, de dimensão internacional, com um posicionamento ‘ecofriendly’, vai ao encontro de um “emergente turismo consciente, onde os lugares não massificados e o empenho na defesa ambiental são sinónimo de qualidade e sustentabilidade”.

Música, cinema, ‘ecodesign’, veículos elétricos, debates, ‘land art’ e ações comunitárias são os ingredientes que destacam o Eco Festival, um evento de “acesso equilibrado que valoriza a qualidade da experiência por parte do público e a sua relação com a natureza envolvente”, conforme comunicado.

Segundo a CISION, o Azores Burning Summer registou o valor recorde de 19,3 milhões de impressões (audiência acumulada) e um valor equivalente em publicidade (AVE) estimado em 1,2 milhões de euros.

“Este é um sinal claro de retorno ao investimento que tem sido promovido pela autarquia da Ribeira Grande, Governo dos Açores e restantes patrocinadores”, foi revelado na nota.
Filipe Tavares sublinhou ainda o reforço no apoio da autarquia a este evento que “descentraliza a oferta cultural em São Miguel e no concelho da Ribeira Grande”.

O diretor revelou ao jornal que a celebração dos 10 anos do festival visa “proporcionar um programa consolidado, com dinâmica entre os espaços”. Além disso, espera que as pessoas entendam o “quão especial é a Praia dos Moinhos, que é um lugar encantador” para a realização do evento.


Eco Festival além dos momentos musicais

O Azores Burning Summer não é só música. Um dos momentos da programação é um conjunto de sessões de cinema ao ar livre, na na esplanada do Moinho Terrace Café, na Praia dos Moinhos, entre 12 e 15 de agosto. Este ano, foi reforçado o número de filmes, passando de dois para quatro.

É de sublinhar que a celebração dos 10 anos de festival começou em junho e julho, na freguesia da Maia, com o programa comunitário de saúde VIVE. Outra iniciativa , o programa  HABITAT, acontece em setembro e prevê atividades educativas sobre o mar dos Açores, direcionadas a crianças e jovens.

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