Açoriano Oriental
Mais de uma centena pede demissão do Governo no parlamento
Mais de uma centena de pessoas exigiu hoje a demissão do Governo nas galerias do Parlamento, durante um debate que incluía as alterações na Função Pública, entre outras propostas.
Mais de uma centena pede demissão do Governo no parlamento

Autor: Lusa/AO Online

Após lançarem balões brancos, com a inscrição "Governo Rua", e pequenos papéis amarelos, laranja e vermelhos - contra "a corrupção e o enriquecimento fácil" ou a exigir "salários, emprego, direitos", - os manifestantes gritaram "demissão já", cerca de dez minutos, até a polícia cumprir a ordem de evacuação daquele espaço por parte da Presidente da Assembleia da República.

Assunção Esteves lamentou o sucedido, adiantou a hipótese de alterar "as regras de acesso às galerias" e recebeu os aplausos da maioria PSD/CDS-PP, citando ainda Simone de Beauvoir: "não podemos permitir que os nossos carrascos nos criem maus costumes".

"Não fomos eleitos para ter medo, para sermos coagidos e não sermos respeitados", disse a segunda magistrada da nação.

As palavras de ordem continuaram a ecoar por todo o edifício enquanto o conjunto de cidadãos era encaminhado para a porta lateral, onde já os esperavam mais umas dezenas de elementos da Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública, com concentração prevista para esta tarde frente ao Parlamento.

Ana Avoila, uma dirigente daquela organização, foi uma das pessoas que participou no protesto e afirmou à Lusa que "as pessoas têm o direito de se indignar".

De fora para dentro, o dirigente da Federação Nacional dos Professores (FENPROF), Mário Nogueira, também se juntou aos cânticos: "25 de abril sempre, fascismo nunca mais" ou "está na hora, está na hora de o Governo se ir embora".

"Como estavamos ali e ouvimos o burburinho, viemos ver o que se passava. As pessoas não aguentam mais e fazem valer a sua voz", disse à Lusa Mário Nogueira, esclarecendo não ter estado dentro da Assembleia da República, até porque, brincou, "não podem ser sempre os mesmos".

Os cidadãos que protestaram estiveram no hemiciclo desde o início dos trabalhos, pouco depois das 15:00, e começaram a manifestar-se depois da intervenção do secretário de Estado da Admnistração Pública, Hélder Rosalino, quando o secretário de Estado da Energia, Artur Trindade, tentou intervir.

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