Açoriano Oriental
MAI falha promessa de reforço do efetivo da PSP nos Açores

Dos cerca de 70 agentes prometidos pela ministra da Administração Interna, apenas foram abertas 20 vagas no Comando Regional. SINAPOL/Açores diz que segurança da região fica em risco devido à falta de elementos

MAI falha promessa de reforço do efetivo da PSP nos Açores

Autor: Nuno Martins Neves

Promessa furada: dos cerca de 70 agentes que a Ministra da Administração Interna (MAI) garantiu em abril que o Comando Regional dos Açores iria receber este ano, apenas foram abertas 20 para o arquipélago, sabe o Açoriano Oriental.

Os dados constam do Procedimento Extraordinário de Colocação por Oferecimento: das 480 vagas, mais de metade (281) vai para o Comando Metropolitano de Lisboa.

De recordar que, durante a audiência na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, Margarida Blasco reconheceu que o Comando Regional dos Açores tinha uma défice de agentes e tinha prometido o reforço. “Relativamente à PSP, sei que existe um défice de 249 efetivos. Aquilo o que posso garantir e garanti também perante a presença do Diretor Nacional da PSP, é que iríamos colmatar pelo menos num quarto, para já, com o curso que está para sair de Torres, ainda este ano”.

Ora, a verdade é que apenas foram abertas 20 vagas para os Açores, um número manifestamente insuficiente para as necessidades, e que faz menos de um elemento por esquadra (37).

Para o dirigente da SINAPOL nos Açores, mais do que uma promessa falhada, o número de agentes colocados na Região compromete a segurança das ilhas.

“Este número pode e deve ser revertido pelo MAI e caso não o reverta, está na hora de o presidente do Governo Regional exigir ao Primeiro-Ministro que intervenha, ou então terá de assumir a sua responsabilidade ao passar a colocar em causa a segurança dos Açores os e de quem nos visita em causa”, afirma em declarações ao jornal.

O sindicalista lembra que há muitas esquadras na Região que “são  fechadas consecutivamente e o tempo de resposta à população aumenta”.

E António Santos dá o exemplo do que pode acontecer na principal porta de entrada na Região, o aeroporto de Ponta Delgada, onde a PSP tem, à sua responsabilidade, o controlo fronteiriço. Para este serviço, são precisos 28 polícias (14 por turno) e atualmente só existem 18 agentes.

“Com o fluxo do tráfego aéreo, pode verificar-se muitos constrangimentos e atrasos no aeroporto de Ponta Delgada, sem esquecer os restantes aeroportos internacionais da Região”.

O dirigente do SINAPOL Açores entende que só com o reforço anunciado pela ministra em abril se pode dar “o primeiro passo” para inverter esta situação e combater “o sentimento de insegurança que a população açoriana já diz sentir”.

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