Açoriano Oriental
Lula da Silva ambiciona documento assinado por oito presidentes da região da Amazónia

O Presidente brasileiro afirmou que ambiciona a assinatura de um documento, durante a Cimeira da Amazónia, por parte dos oito presidentes dos países que têm nos seus território este bioma considerado ‘o pulmão do planeta’.

Lula da Silva ambiciona documento assinado por oito presidentes da região da Amazónia

Autor: Lusa/AO Online

O objetivo é “fazer um documento capaz de ser assinado por oito presidentes da República e capaz de ser levado para a COP28 nos Emirados Árabes Unidos”, afirmou Lula da Silva, num evento organizado no Palácio do Planalto, em Brasília, com a imprensa internacional.

“Temos de produzir pela primeira vez uma ideia de que o mundo precisa não apenas admirar, mas ajudar”, frisou o responsável brasileiro, enaltecendo o facto de a cimeira que arranca no dia 08 de agosto ser a “primeira vez em 45 anos” que haverá uma reunião de presidentes para discutir a Amazónia.

O encontro, promovido por Lula da Silva, que acontecerá nos dias 08 e 9 de agosto, na cidade de Belém, estado do Pará, tem como objetivo que os países que fazem parte do bioma consolidem uma posição unificada sobre a preservação da floresta tropical para ser apresentada na próxima cimeira mundial do clima, em novembro.

Além dos oito países que compõem a Amazónia (Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela), foram convidados a Indonésia, a República Democrática do Congo e a República do Congo, nações que, juntamente com o Brasil, possuem as maiores florestas tropicais do mundo, bem como a França, pela Guiana Francesa.

Quase todos os chefes de Estado dos países da Amazónia marcarão presença no evento, com a exceção do Equador e Suriname.

O Presidente de França, Emmanuel Macron, que é chefe de Estado da Guiana Francesa, ainda não confirmou presença.

Noruega e Alemanha, países que financiam o Fundo da Amazónia, foram também convidados.

Os oito países amazónios deverão atualizar o Tratado de Cooperação Amazónica (TCA), assinado em Brasília em 1978, que prevê ações conjuntas para equilibrar a proteção da floresta e o desenvolvimento económico. A atualização, segundo o Governo brasileiro, terá como tónica o "respeito pelos direitos humanos, a abordagem intercultural e a soberania".

“Seremos muito duros em relação ao desmatamento”, disse o Presidente brasileiro, que se comprometeu a reduzir a zero o desmatamento ilegal da maior floresta tropical do mundo até 2030.

A Amazónia, segundo o chefe de Estado brasileiro, tem “problemas sérios com o crime organizado” e lembrou a criação recente do Centro de Investigação da Polícia Federal em Manaus e um sistema integrado de tráfego aéreo para a Amazónia para combater o crime.

Ainda que a cimeira só comece oficialmente no dia 08, já a partir de sexta-feira será dado o início, na cidade de Belém, aos Diálogos Amazónicos, com mais de 300 eventos.

Na programação oficial, os Diálogos terão um conjunto de oito sessões plenárias - para tratar de temas como mudanças climáticas, agroecologia e socioeconomia da região, proteção do território e do seus povos, erradicação do trabalho escravo, saúde, soberania e segurança alimentar, e pesquisa e desenvolvimento para pensar o futuro da floresta, entre outros.

Espera-se a participação de cinco mil pessoas nestes eventos, segundo o Presidente brasileiro.


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