Autor: Lusa/AO Online
Em conferência de imprensa em Lisboa, o presidente do banco, Vieira Monteiro, indicou que “o banco continua a evidenciar um contínuo crescimento sustentado da sua atividade”.
A contribuir para este valor estão os resultados de exploração, que subiram 21,4% para 349,3 milhões de euros, e a redução das imparidades, provisões líquidas e outros resultados em 26,9% para 4,2 milhões de euros.
A margem financeira do banco fixou-se em 444,1 milhões de euros neste período, aumentando 31,3% nos primeiros seis meses do ano face a junho de 2017.
De acordo com Vieira Monteiro, este valor inclui o crescimento da instituição bancária, mas também a integração do ex-Banco Popular no grupo.
“O Banco Popular está totalmente integrado”, assegurou hoje o responsável.
Dentro da margem financeira, as comissões líquidas subiram 10,8% para 184,4 milhões de euros. Maior aumento verificou-se na atividade de seguros (de 86,4% para 10,2 milhões de euros) e na rubrica relativa a outros resultados da atividade bancária (de 57,5% para -27,4 milhões de euros).
A margem comercial também subiu 23,6% para 612,7 milhões de euros.
Por seu lado, o produto bancário teve um acréscimo de 19,8 milhões de euros para 658,3 milhões de euros.
Os recursos dos clientes ascenderam a 39,5 milhões de euros neste primeiro semestre, subindo 21,8% (valor que inclui acréscimos de 21,1% nos depósitos e de 25,6% nos recursos fora de balanço).
Neste período, os custos operacionais do banco também aumentaram, em 18,1% para 309 milhões de euros. Aqui incluem-se os gastos gerais (que subiram 29,1% para 109,2 milhões de euros), os custos com pessoal (mais 13,2% para 178,8 milhões de euros) e as amortizações (mais 10,1% para 20,9 milhões de euros).
Nos primeiros seis meses do ano, a carteira de crédito subiu 25,3% face ao período homólogo, desde logo com um aumento de 44,5% no concedido às empresas (para 19.056) face ao acréscimo de 13,3% no direcionado a particulares (que equivaleu a 21.540).
“O banco, se olharmos para aquilo que […] foram os últimos cinco anos do banco, era mais virado para particulares e tinha desequilíbrios” porque “não era compensado na área das empresas”, observou Vieira Monteiro.
O responsável insistiu que o Santander “não era um banco de retalho”, mas hoje, com “o esforço que foi feito”, a instituição bancária “é muito mais equilibrada” já que tem estado a “apoiar as empresas”.
Já questionado na ocasião sobre qual a estimativa para os lucros de todo este ano, Vieira Monteiro afirmou: “Estamos esperançados que os resultados venham a ser superiores aos do ano passado, mas não podemos contar com a galinha dos ovos de ouro”.