Açoriano Oriental
Lucro do grupo têxtil espanhol Inditex sobe 10% para 1.549 ME de fevereiro a julho

O lucro da Inditex, dono de cadeias como a Zara e Bershka, aumentou 10% para 1.549 milhões de euros no seu primeiro semestre fiscal, de fevereiro a julho, face ao período homólogo de 2018, divulgou o grupo têxtil.

Lucro do grupo têxtil espanhol Inditex sobe 10% para 1.549 ME de fevereiro a julho

Autor: Lusa/AO online


Segundo as contas apresentadas pelo grupo, que prevê “um forte crescimento orgânico” em 2019, as vendas aumentaram 6,6% de fevereiro a julho, para 12.820 milhões de euros.

De acordo com a agência Efe, estes resultados do primeiro semestre da Inditex ficaram ligeiramente abaixo das estimativas dos analistas, levando os títulos do grupo a uma desvalorização de cerca de 2,5% pelas 10:30, nos 27,89 euros, após terem chegado a cair 4,2% na abertura do mercado.

De fevereiro a julho, as vendas comparáveis (descontados os encerramentos e aberturas de lojas) da Inditex aumentaram 5% e evoluíram positivamente em todas as insígnias e zonas geográficas onde o grupo opera, quer nas lojas físicas, quer ‘online’, segundo destacou o presidente na apresentação dos resultados aos analistas.

De acordo com Pablo Isla, a companhia está satisfeita com os “níveis de crescimento” registados.

Para o conjunto do exercício de 2019, o maior grupo de distribuição têxtil do mundo prevê um crescimento de 4 a 6% nas vendas comparáveis, que representaram 89% da faturação total, mais quatro pontos percentuais do que no primeiro semestre do exercício passado.

“Esperamos um forte crescimento orgânico baseado no nosso modelo diferenciado”, sustentou Isla, assegurando que a integração total entre as lojas físicas e o negócio ‘online’ faz da Inditex um caso único, diferenciando-o dos concorrentes.

No primeiro semestre, o EBITDA (resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) disparou 47,1%, para 3.447 milhões de euros, devido a alterações na normativa relativa à contabilidade dos arrendamentos. Descontado este efeito, o aumento foi de 8%.

A margem bruta, indicador muito valorizado pelos analistas, foi de 7.284 milhões de euros, mais 7% do que no ano anterior, situando-se nos 56,8%, mais 12 pontos base do que no primeiro semestre de 2018, mas abaixo dos 59,5% do primeiro trimestre.

O grupo adiantou que no terceiro trimestre, no período de 01 de agosto a 08 de setembro, as vendas, a valores constantes, aumentaram 8%.

Por zonas geográficas, Espanha representou no primeiro semestre 15,6% das vendas totais da Inditex, face aos 16,1% do ano anterior, enquanto o peso da Ásia baixou de 24,5 para 24% e o da Europa subiu de 44,2 para 44,4%.

Por insígnias, as vendas da Zara e da Zara Home cresceram 7,3% (8.895 milhões de euros); as de Pull&Bear aumentaram 2,6% (873 milhões); as da Massimo Dutti progrediram 4% (844 milhões); as da Bershka 3,3% (1.080 milhões); as da Stradivarius 12,4% (776 milhões); as da Oysho 3,8% (301 milhões) e as da Uterqüe 13% (52 milhões).

O grupo Inditex, que está a apostar em lojas cada vez maiores e em localizações privilegiadas, encerrando os pontos de venda de menor dimensão ou redundantes, efetuou no período aberturas em 31 mercados e terminou julho com 7.420 lojas em 96 países, menos duas lojas do que no ano anterior.

Na apresentação aos analistas, o diretor de Relações com os Investidores, Marcos López, desvalorizou a importância da queda do número de lojas e sublinhou que, para o grupo, a “chave” está no crescimento da superfície comercial (medida em metros quadrados) e, sobretudo, na sua qualidade, tanto em termos de localização, quer de imagem e serviços.

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