Autor: Lusa/Aonline
Messi, de 22 anos, não parou de encantar e ganhar ao longo do ano, sempre numa perspectiva colectiva, ao aparecer sempre nos momentos importantes para decidir, com uma jogada, um passe ou um golo: tinha de ser ele a suceder ao português Cristiano Ronaldo.
O avançado argentino, que já tinha arrebatado todos os outros prémios individuais, incluindo a não menos prestigiada “Bola de Ouro” do “France Football”, é, no fundo, a imagem do “Barça”, onde chegou menino, aos 13 anos, o melhor produto de uma “cantera” que não pára de fazer nascer talentos.
O que Messi produziu ao longo do ano é difícil de traduzir em palavras, já que, como nenhum outro, desde Diego Armando Maradona, parece fazer o que quer com a bola “colada” ao seu pé esquerdo, sempre pronto a maravilhar, perante o mais brutal e implacável dos adversários.
Ainda assim, a sua influência no melhor ano da história do FC Barcelona é facilmente visível no que fez nos grandes jogos, mais recentemente no embate que deu aos catalães o sexto troféu em 2009, o Mundial de clubes.
Com o peito, qual artista de circo, Messi arrumou os compatriotas do Estudiantes aos 110 minutos (2-1), depois de outras façanhas não menos importantes, como o segundo golo do “Barça” frente ao Manchester United (2-0), de cabeça, na final da edição 2000/2009 da Liga dos Campeões.
O argentino também marcou na final da Taça do Rei (4-1) e, já esta época, na segunda “mão” da Supertaça espanhola (3-0 em casa), sempre frente ao Athletic de Bilbau, “falhando” apenas na Supertaça Europeia.
Nesse encontro, face aos ucranianos do Shakhtar Donetsk, o 10 catalão foi, no entanto, igualmente decisivo, ao fazer o passe para o também “canterano” Pedro Rodriguez dar o troféu ao “onze” do invencível Pep Guardiola.
Messi foi igualmente grande no jogo que decidiu o título espanhol a época passada, ao “bisar” e efectuar uma exibição monumental no Santiago Bernabéu, onde o FC Barcelona vencer por inesquecíveis 6-2.
Em termos globais, em 2009, o argentino vestiu a camisola do FC Barcelona em 54 ocasiões e conseguiu 38 golos, somando 37 vitórias, 14 empates e escassas três derrotas.
Ao contrário do que sucede ao serviço dos catalães, Messi não foi muito feliz em 2009 pela sua Argentina (três golos em oito jogos), mas, ainda assim, ajudou o “onze” comandado por Maradona a atingir o Mundial de 2010.
Na África do Sul, o argentino terá, assim, a oportunidade de mostrar que também pode brilhar intensamente de “albi celeste” ao peito: se conseguir levar os argentinos ao título, estará, certamente, encontrado o sucessor de Maradona.