Autor: Pedro Nunes Lagarto
Os Democratas do Atlântico, que ontem assinalaram trinta anos de existência, atravessam um momento particularmente difícil da sua história com o actual líder, José Ventura, a convalescer de um problema de saúde que lhe tem retirado tempo e energia para o partido.
Aliás, este ano, o Partido Democrático do Atlântico não concorreu a actos eleitorais o que ainda colocou maior pressão e dúvidas sobre a sua continuidade.
Em declarações ao “Açoriano Oriental”, José Ventura disse que por fim a questão da sucessão tem hipóteses de estar resolvida.
“Tenho quase a certeza de que um simpatizante do Partido Democrático do Atlântico, sem qualquer filiação partidária, poderá aceitar o cargo e ficar responsável pelo partido que eu liderei nos últimos sete anos”, disse José Ventura, sem no entanto pretender avançar o nome da pessoa em questão.
José Ventura já não tem dúvidas de que “é importante surgirem caras novas” até porque “se o Partido Democrático do Atlântico desaparecesse seria algo de negativo para a democracia portuguesa”. No congresso extraordinário do próximo dia 20 de Novembro, em Ponta Delgada, o actual líder do Partido Democrático do Atlântico garante que uma vez mais vão ser exaltados os valores que estão na génese do partido, designadamente a “liberdade, progresso e bem estar”, ou seja, as “ideias força que nos guiarão em mais esta caminhada contra ventos e marés na direcção dessa irreversível realidade: a livre governação dos Açores pelos açorianos”.