Autor: Lusa/AO Online
“Estou muito feliz por ter conseguido concretizar a conquista do título de campeão para a Hyundai, ao somar o maior número de pontos no CPR”, disse Meeke, após o final da oitava e última prova do campeonato, o Rali Vidreiro, desta vez disputado em Alcobaça.
A vitória no derradeiro rali do ano foi para o português Armindo Araújo (Araújo), que ficou a dois pontos do oitavo título nacional, ele que já fora sete vezes campeão (2003, 2004, 2005, 2006, 2018, 2020 e 2022).
Apesar de ter terminado o CPR na liderança da tabela de pontos, com 167, mais dois do que Araújo, Meeke não pode ser declarado campeão por não ter nacionalidade portuguesa.
O norte-irlandês até começou por dominar esta derradeira prova mas uma penalização de 1.15 minutos imposta aos dois pilotos da Hyundai, Ricardo Teodósio incluído, na sexta-feira, fez com que Meeke terminasse na terceira posição.
“Foi um rali bastante difícil, atendendo às condições climatéricas que se fizeram sentir, o que me obrigou a uma concentração extrema, no sentido de evitar cometer erros. O balanço da época acaba por ser fantástico. Obrigado a todos”, resumiu Meeke, que em 2016 venceu o Rali de Portugal, pontuável para o Campeonato do Mundo de Ralis (WRC).
A Hyundai somou cinco vitórias em oito provas, por intermédio de Kris Meeke, contando, ainda, 54 triunfos nas 79 classificativas disputadas.
Já Teodósio, que tinha sido campeão em 2023, além de 2019 e 2021, mostrou algum descontentamento com as penalizações sofridas.
“Infelizmente, aconteceram imprevistos que nos impediram de fechar a época com uma vitória. Acho que este rali era ‘nosso’, mas o mais importante é que protagonizámos um bom final de época, como estava nos nossos planos. Só tenho de agradecer o apoio que recebemos, desde os patrocinadores à equipa e adeptos. E até para o ano”, prometeu.
O triunfo no Rali Vidreiro foi o terceiro do ano em oito provas para Armindo Araújo, que terminou o CPR com 165 pontos, menos dois do que Meeke.
“Terminámos a temporada com mais uma vitória, a terceira em quatro possíveis em pisos de asfalto, e estamos muito satisfeitos com tudo aquilo que fizemos durante todo o ano. Desde a primeira prova que lideramos o pelotão das equipas portuguesas e, depois do Rali da Madeira, nenhuma outra dupla conseguiria ultrapassar-nos na classificação”, começou por dizer o piloto de Santo Tirso.
Armindo Araújo sublinhou ainda que “subir ao pódio na primeira posição em Alcobaça teve um sabor muito especial para toda a equipa e foi um prémio inteiramente merecido”.
“Estamos apenas tristes por este ano não termos um campeão nacional de ralis”, concluiu o piloto do Skoda Fabia, de 47 anos.