Autor: Lusa /AO Online
Durante uma ceia de Natal com militantes em Braga, Jerónimo de Sousa acusou ainda o PS de estender “uma passadeira vermelha à direita”.
“A maioria absoluta com que sonha o PS, ou os arranjinhos com o PSD e o CDS que também já preparam, visam livrar-se do PCP e do PEV, da sua influência e das suas propostas a favor dos trabalhadores e do povo”, apontou.
Jerónimo de Sousa criticou quem acusa o PCP de estar a abrir as portas à direita, com o seu voto contra o Orçamento do Estado para 2022, que contribuiu para a realização de eleições legislativas antecipadas.
“Aqueles que votaram ao lado da direita para derrotar dezenas de propostas do PCP e do PEV, aqueles que se entenderam com PSD e CDS para fazer aprovar malfeitorias, aqueles que já falam da necessidade da estabilidade para justificar o bloco central dos interesses que têm em preparação, se preciso for, aqueles que não respondem aos problemas, deixando-os degradar ainda mais, esses é que não só abrem a porta, como estendem uma passadeira vermelha à direita”, referiu.
Para o líder da CDU, “não há dúvida” de que o PS “queria eleições”.
“Eleições às quais não esboçou o mínimo de resistência, para conseguir regressar ao caminho da política de direita de onde, em boa verdade, nunca quis sair”, disse ainda.
Sublinhou que o PCP tinha “as respostas para os sérios problemas com que o país se confronta”, mas o PS “não as quis ouvir no debate do Orçamento do Estado”.
“Por mais disponibilidade que demonstrássemos para procurar novos caminhos, encontrámos sempre a intransigência do PS e do seu Governo”, criticou.
Jerónimo de Sousa vincou que o PCP vai para as legislativas de janeiro “com a confiança de quem sabe serem não apenas necessárias como indispensáveis as propostas” que o partido tem “agarradas à bandeira”.
Manifestou ainda disponibilidade para “todas as convergências, para dar um outro rumo ao país”.
“Aqui estamos, a CDU, determinados em fazer avançar o país, prontos e disponíveis para todas as convergências para as respostas necessárias, para a política indispensável, para um outro rumo que tenha como objetivo a defesa dos trabalhadores e do povo que é, a cada dia que passa, cada vez mais urgente e inadiável”, garantiu.