Açoriano Oriental
Política
Jardim diz que ele é que é a verdadeira oposição em Portugal
 O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, afirmou hoje, no concelho do Porto Moniz, que ele é que é a “verdadeira oposição” ao Governo da República.

Autor: Lusa/AO online

“Não chamo oposição aqueles que quando o Governo diz que é verde, ela diz que é verde escuro. Chamo oposição quando o Governo diz que é verde e eu digo que é vermelho, salvo seja”, disse Jardim, num discurso proferido no âmbito da 53ª Feira do Gado do Porto Moniz.. Jardim não gosta particularmente da “desumanização da política” que diz existir em Portugal e na Europa, em que “tudo funciona em torno do défice”.
“É a mesma política do tempo do doutor Salazar, é a mesma política orçamentista”, disse o dirigente madeirense, para quem “tanto o Governo como alguma oposição estão em acordo”.
“Por isso é que digo, eu é que sou a verdadeira oposição aquilo que se passa no Continente”, garante.
“As escolas orçamentistas criticam-me por fazer obras que serão pagas pelas diversas gerações que se seguem e que não se deve ficar a dever. Eu penso ao contrário, estas obras tanto vão servir as gerações actuais como as futuras que também terão de ajudar a pagá-las”, diz Jardim.
Alberto João Jardim diz que, face às políticas economicistas do País, “este tem um grau de desemprego como nunca se viveu em Portugal desde o 25 de Abril”.
O presidente do executivo madeirense acusou também o Governo da República de “nada estar a fazer na Região Autónoma da Madeira, não se conhece uma obra do Estado na Madeira”.
“O Estado apenas tem cá os militares, as forças de seguranças e os Tribunais, que é para nos vigiar”, disse.
O governante abordou novamente a futura revisão constitucional, garantindo desde já não ser separatista, mas defendeu que a Região “tem que ter outras leis, para que os seus representantes, eleitos pelo povo, tenham condições de trabalhar por ele”.
“A grande questão do futuro é se o Estado deixa ou não deixa que a Região, dentro da mesma Pátria, consiga as formas adequadas para que os madeirenses sigam o seu futuro”, disse.
“E, se o Estado não deixar, o que vamos fazer a seguir”, interrogou.
Após o discurso, Alberto João Jardim aproveitou para visitar os 133 expositores presentes na Feira do Gado, no qual aproveitou para fazer um balanço muito positivo da evolução do sector agro-pecuário da Região nos últimos anos.

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