Autor: Lusa/AO online
“[…] Ainda não foi proferido despacho final, uma vez que se aguarda a realização de uma perícia médica, prevendo-se que aquele despacho venha a acontecer até ao final do corrente ano”, refere uma informação solicitada pela agência Lusa à coordenação da Procuradoria da Comarca dos Açores.
Segundo a mesma nota, no inquérito “está constituída uma pessoa como arguida”.
O acidente ocorreu a 14 novembro de 2014, depois de um passageiro ter sido atingido por um cabeço de amarração que rebentou, no porto de São Roque, quando o navio "Gilberto Mariano", que faz ligações entre as ilhas do Faial, Pico e São Jorge, se encontrava em manobras de atracagem, explicou na ocasião o capitão do Porto da Horta, Diogo Vieira Branco.
"Um dos cabeços de amarração partiu e foi projetado para o interior do navio, vindo a atingir um dos passageiros", referiu o responsável.
Além deste acidente, dias antes, no porto da Madalena, igualmente na ilha do Pico, dois cabeços de amarração rebentaram durante a atracagem com o "Mestre Simão", o navio gémeo do "Gilberto Mariano", obrigando a deslocar temporariamente a operação de transporte marítimo de passageiros para o cais da gare antiga.
Na sequência destes acidentes, foi criada uma comissão de inquérito aos transportes marítimos no parlamento dos Açores, por proposta do PSD.
Em janeiro, a Lusa noticiou que a família da vítima mortal foi indemnizada em 300 mil euros.
“A Transmaçor e a Portos dos Açores liquidaram em outubro [de 2015] 300 mil euros à família”, afirmaram então fontes ligadas ao processo.
A Transmaçor era uma das empresas públicas açorianas que asseguravam o transporte marítimo de pessoas e viaturas no arquipélago, entretanto fundida na Atlânticoline, e a empresa proprietária no navio envolvido neste acidente mortal.