Açoriano Oriental
Hospital de Ponta Delgada aguarda litotritor há seis anos

Um litotritor - aparelho usado para tratamento não invasivo de cálculos (pedras) na bexiga e rins - está prometido para o Hospital do Divino Espírito Santo (HDES) desde 2004 e a sua aquisição deveria ter sido feita em 2005. Contudo, seis anos depois, o serviço de Urologia do HDES continua à espera do aparelho, o que acarreta custos para a Região e constrangimentos para os doentes.

Hospital de Ponta Delgada aguarda litotritor há seis anos

Autor: Rui Jorge Cabral
 O alerta para a necessidade de um litotritor no HDES foi feito na abertura das Jornadas de Urologia, que terminam hoje em Ponta Delgada. Actualmente, 90 por cento dos cálculos são extraídos por litotrícia e os métodos alternativos usados pelo HDES são menos eficazes. Segundo o Governo, só este ano já se deslocaram 60 doentes para litotrícia e a média anual de deslocações tem rondado os 120 doentes.

Por isso, o secretário regional da Saúde, Miguel Correia, afirmou na abertura das jornadas a “importância” da compra desse equipamento, “que só não foi ainda adquirido porque optámos por um equipamento mais moderno, que obriga a um novo concurso a lançar em breve”.

Mas para Fragoso Rebimbas, director do serviço de Urologia do HDES, este é um processo que “andou mal desde o princípio” quando, por questões que o médico atribui a “bairrismos”, o prometido litotritor, em vez de vir para o Hospital de Ponta Delgada, acabou no de Angra do Heroísmo e “ainda hoje não sabemos de onde é que veio o dinheiro para o comprar”, afirmou. Uma solução que em pouco ou nada serviu o HDES uma vez que, passados dois anos, o serviço de Urologia deixou de mandar doentes para litotrícias em Angra - “por falta de resposta”, refere Fragoso Rebimbas - e voltou a enviá-los para o Continente.

Leia esta notícia na íntegra no jornal Açoriano Oriental de sábado,
Dia 25 de Setembro de 2010

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