Autor: Lusa /AO Online
Ao início da tarde, o coordenador regional do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Publicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas tinha revelado que a paralisação levou ao encerramento da "maior parte das escolas" da região, tendo afetado vários serviços nos três hospitais da região e centros de saúde.
Segundo João Decq Mota, nos três hospitais dos Açores (localizados nas ilhas de São Miguel, Terceira e Faial) estiveram "vários serviços encerrados", devido à paralisação, estando a ser assegurados os serviços mínimos.
"Prevemos que nos três hospitais a greve possa ser superior aos 70% ao nível do pessoal operacional e administrativos", acrescentou o dirigente sindical.
João Decq Mota assinalou ainda "muita adesão nas escolas" e que a maioria dos estabelecimentos de ensino de São Miguel e Terceira estavam encerrados, enquanto no Faial não abriram “as principais escolas".
"A greve é um sinal claro que também aqui nos Açores é urgente valorizar os salários", sustentou João Decq Mota, considerando que os trabalhadores "responderam afirmativamente" à paralisação porque "estão descontentes com o que se está a passar em termos da administração pública".
Pois, acrescentou, "o acordo feito com o Governo e com os sindicatos afetos a UGT é um acordo que, a ser aplicado, só vai empobrecer ainda mais os trabalhadores".
A greve foi convocada para hoje, a uma semana da votação final global da proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), que prevê aumentos salariais de um mínimo de cerca de 52 euros ou de 2% para a administração pública no próximo ano.
A Frente Comum de Sindicatos exige aumentos salariais de “10% ou um mínimo de 100 euros” para a administração pública no próximo ano e acredita que ainda há tempo para negociar com o Governo, apesar de a votação do OE2023 acontecer já na próxima semana.