Governo reforça participação na Agência Espacial Europeia com 204,8 ME até 2030

O Governo vai reforçar a sua participação na Agência Espacial Europeia (ESA) com 204,8 milhões de euros para o período entre 2026 e 2030, mais 51% face ao período anterior, anunciou o executivo.



“Trata-se do maior aumento de sempre na subscrição plurianual da ESA, associado ao maior investimento de sempre do país”, sublinha o Ministério da Educação, Ciência e Inovação, recordando que Portugal é membro da agência desde 2000.

Em comunicado, o Ministério da Educação explica que a contribuição portuguesa vai envolver as áreas governativas da Ciência e Inovação, responsável pela maior fatia (56,7%), Economia (14,1%) e Infraestruturas (9,8%).

Pela primeira vez, estão também envolvidas as áreas governativas da Defesa, que participa com 16,2%, e do Ambiente, com 1,7%, bem como o Governo Regional dos Açores, que participa com 1,5%.

De acordo com a tutela, a Ciência e Inovação vai assegurar os programas obrigatórios e os programas opcionais associados às missões científicas e à colaboração entre centros de investigação e empresas tecnológicas.

As restantes áreas governativas e a Região Autónoma dos Açores contribuem em programas opcionais como a observação da terra, segurança espacial, transporte espacial, comunicações, tecnologia ou resiliência.

Uma das missões financiadas é o Space Rider, que envolve o desenvolvimento de um veículo espacial reutilizável para a realização de experiências científicas em microgravidade e para testar tecnologias de serviços de outras missões espaciais, e cujo local de retorno será ao largo da ilha de Santa Maria, nos Açores.

Na área da resiliência, o investimento português será assegurado, sobretudo, pela área governativa da Defesa, com o objetivo de ajudar a criar capacidade tecnológica nacional e a “posicionar a Constelação Atlântica para o futuro Serviço Governamental de Observação da Terra da União Europeia”.

A Constelação Atlântica, explica o ministério, é um sistema integrado de observação da Terra que permitirá fornecer informação para a defesa e segurança, incluindo a preparação de exercícios militares e o apoio a operações civis e de gestão de emergências.

“O reforço da contribuição portuguesa para o ciclo 2026-2030 visa incentivar a criação de mais e melhor investigação, novas empresas, a atração de empresas multinacionais e de investimento estrangeiro”, sublinha a tutela, acrescentando que o investimento é também exemplo do que se pretende para a futura Agência para a Investigação e Inovação.

A proposta será apresentada esta semana pelo ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, durante o Conselho Ministerial da Agência Espacial Europeia, que decorre entre quarta-feira e quinta-feira em Bremen, na Alemanha.

PUB