Açoriano Oriental
Governo grego ignorou relatório sobre atividades ilegais de neonazis
As autoridades gregas ignoraram uma informação dos serviços de informações que relacionavam o dirigente neonazi Yannis Lagos com o tráfico de mulheres, prostituição e posse de armas ilegais, noticia esta terça-feira o jornal Ta Nea.
Governo grego ignorou relatório sobre atividades ilegais de neonazis

Autor: Lusa/AO online

 

O relatório dos serviços secretos gregos (EYP) data do princípio do ano de 2012, mas foi arquivado assim que Lagos foi eleito deputado do partido neonazi Aurora Dourada em junho de 2013.

De acordo com a notícia publicada hoje em Atenas, a cúpula do EYP e o Ministério da Ordem Pública tinham conhecimento do percurso do Aurora Dourada, mas decidiram não atuar contra os elementos do partido, apesar das provas que apontavam atividades ilegais.

Lagos, que se encontra detido, é considerado um dos dirigentes neonazis mais destacados no caso do assassínio do cantor de hip-hop Pavlos Fyssas no dia 18 de setembro e atuava como elemento de ligação entre o líder do partido, o ex-militar Nikolaos Mijaloliakos e os grupos do Aurora Dourada no bairro Nikea, onde vive Yorgos Rupákias, o homem que confessou ter esfaqueado o cantor.

Após as autorizações legais que permitiram a investigação dos telefones dos dirigentes neonazis descobriu-se que os contactos entre os dirigentes do partido - na sequência do assassínio do músico - a hierarquia e a cadeia de comando dentro da organização de extrema-direita.

O processo judicial indica que Mijaloliakos era tratado como “Fuhrer” da “organização criminosa” e que as ordens que emitia eram "inquestionáveis".

A Procuradoria acusa a organização de vários crimes de violência, lavagem de dinheiro e 10 assassínios.

No total, foram emitidas até ao momento 32 ordens de prisão, 22 foram já efetuadas sendo que atualmente permanecem detidos seis deputados – entre os quais Mijaloliakos e Lagos – 14 elementos do partido neonazi e dois oficiais de polícia.

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