Autor: Lusa/AO online
"Atuando de forma diligentíssima como conselho de administração do grande capital, o Governo procura ainda, ao arrepio da Constituição, concretizar uma velha aspiração da política de direita: reconfigurar o Estado à medida dos interesses da banca e dos grandes grupos económicos, à custa dos rendimentos dos trabalhadores e seus direitos sociais", afirmou, no Parlamento.
Durante o debate sobre a proposta do executivo liderado por Passos Coelho e Paulo Portas para o orçamento do Estado de 2014, o parlamentar comunista disse que a discussão era antes sobre "o orçamento do BPI, do BANIF ou do BCP" e "dos grupos Sonae, Jerónimo Martins, Amorim, EDP, GALP ou Mota Engil" que já receberam "5.600 milhões de euros para a recapitalização" e "centenas de milhões de euros com a reforma do IRC", respetivamente.
"O Governo não quer encontrar solução para o desemprego porque não tem interesse nisso. Sem desemprego teria mais dificuldade em impor reduções de salários ou aumentos de horários de trabalho. O Governo mantém mais de um milhão e quatrocentos mil desempregados porque essa é uma peça central da sua estratégia política", acusou Paulo Sá.
O deputado do PCP destacou que, além da "brutal redução dos rendimentos de quem vive do seu trabalho", o executivo da maioria "avança com novos cortes nas funções sociais do Estado, em particular na Saúde (menos 848 milhões de euros do que em 2012) e na Educação (menos 570 milhões de euros)".
Paulo Sá, cujo grupo parlamentar anunciara votar contra a proposta de lei já na generalidade, sexta-feira, voltou a apresentar as propostas alternativas do PCP, confirmando que serão apresentadas em sede de especialidade: a renegociação da dívida (pagar apenas 2,5 por cento do valor das exportações), a suspensão e extinção das Parcerias Público-Privadas e a anulação dos contratos de gestão de risco (?swap') no setor público.
-
JPP/Açores defende referendo regional sobre futuro da SATA Internacional
-
Cultura e Social
Juliana Furtado Mendonça venceu Caravela d’Ouro