Autor: Lusa
Num comunicado, o Departamento de Justiça informou durante o fim de semana que quatro presos afegãos - Abdul-Hafiz, Sharifullah, Mohammed Rahim e Mohamed Hashim - foram transferidos para a custódia das autoridades do seu país.
Para o Iémen foram enviados os cidadãos deste país, Jamal Muhamad Alawi Mari, Faruk Ali Ahmed, Ayman Said Abdullah Batarfi, Muhamad Yasir Ahmed Taher, Fayad Jahya Ahmed al Rami e Rihad Atiq Ali Abdu al Haf.
As autoridades regionais da Somalilândia (república não reconhecida que fica no nordeste da Somália) receberam dois detidos da Somália, Mohamed Soliman e Ismail Barre Arale, acrescentou o comunicado.
As entregas foram feitas após uma comissão analisar cada caso e ter em conta factores como a ameaça que representam estes prisioneiros e a possibilidade de sucesso se os detidos entrassem com processos sobre a sua situação na prisão.
As entregas foram realizadas, diz o Ministério da Justiça, "através de acordos individuais entre os Estados Unidos e as autoridades estrangeiras de relevo para garantir que as mesmas fossem realizadas através de medidas de segurança adequadas".
Antes das entregas, como é exigido, o Governo anunciou as suas intenções com aviso de quinze dias de antecedência para o Congresso.
Desde 2002, quando os Estados Unidos estabeleceram a prisão na base de Guantánamo para detentos considerados "combatentes inimigos", foram transferidos para outros países mais de 560 detentos, de acordo com dados do Departamento de Justiça.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ordenou o fechamento da prisão a 20 de Janeiro, apesar de admitir que seu Governo não poderá cumprir esse prazo.
Obama ordenou, na terça-feira passada, a compra de uma prisão estatal em Illinois, que se tornará numa prisão para presos federais e alguns dos homens detidos actualmente em Guantánamo.