Autor: Lusa/AO Online
O "acompanhamento do próximo quadro financeiro plurianual", a vigorar entre 2021 e 2027, é uma das prioridades do executivo para o próximo ano, tendo o secretário regional adjunto da Presidência para as Relações Externas defendido uma "aliança entre deputados e Governo Regional para que o quadro seja bem defendido também no Parlamento Europeu".
Rui Bettencourt falava na Horta, ilha do Faial, depois de ser ouvido no parlamento dos Açores sobre o Plano e Orçamento do Governo Regional para 2019.
Além do quadro comunitário - "fulcral para a economia dos Açores na próxima década" - e da nova composição do hemiciclo de Bruxelas e Estrasburgo, que se formará após as eleições europeias de maio, Rui Bettencourt sinalizou que haverá uma "ação bastante intensa" do executivo dos Açores em relação à Macaronésia, formada pelas regiões autónomas portuguesas (Açores e Madeira), Cabo Verde e Canárias.
"É um território importantíssimo, de três milhões e meio de pessoas. Para nós, em termos comerciais, económicos e políticos, é muito importante", concretizou.
A proposta de Orçamento dos Açores para 2019 aponta um valor global de 1.604,8 milhões de euros e pretende ser, diz o executivo regional, um documento de "confiança" e "previsibilidade" no trajeto económico.
Dos mais de 1,6 mil milhões de euros do orçamento, um total de 205,6 milhões de euros respeitam a operações extraorçamentais e "prevê-se que as despesas de funcionamento dos serviços e organismos da administração regional atinjam os 887,5 milhões de euros, sendo financiadas quase integralmente pelas receitas próprias, que se estimam em 742,3 milhões de euros, o que corresponde a uma taxa de cobertura de 83,6%".
Na proposta de Orçamento, entregue no parlamento dos Açores na semana passada, é referido que o executivo socialista da região privilegia o crescimento económico "baseado no investimento e na criação de emprego, contribuindo de forma sustentada e adequada para o desenvolvimento económico e social da Região Autónoma dos Açores".