Autor: Lusa/AO Online
“Estamos a ponderar a possibilidade de passar para os cinco dias de isolamento, no sentido de agilizar algumas questões”, afirmou, em declarações aos jornalistas, em Angra do Heroísmo, o titular da pasta da Saúde nos Açores, Clélio Meneses.
A Madeira reduziu hoje para cinco dias o isolamento de infetados assintomáticos com o vírus da covid-19 e de quem contactou com casos positivos.
Nos Açores, a secretaria regional da Saúde está também a ponderar reduzir o tempo de isolamento profilático, que, neste momento é de 10 dias, no mínimo.
“A redução do tempo tem a ver com um conjunto de circunstâncias. Tem a ver com a questão económica, mas também, e sobretudo, no que diz respeito à questão sanitária e de saúde pública”, justificou Clélio Meneses.
“Por aquilo que temos concluído da nova variante, é uma variante que tem sintomas menos intensos, que deixam de se sentir num curto espaço de tempo e avaliando todas estas questões chegámos à conclusão de que tem de ser avaliada a possibilidade de reduzir o tempo de isolamento profilático”, acrescentou.
Na Madeira, em casos confirmados de infeção com o vírus, deve haver "isolamento imediato, independentemente do estado vacinal", e "o período mínimo de isolamento" passa a ser de cinco dias se não houver sintomas da doença covid-19 "ou se os sintomas forem resolvidos durante esse período", segundo uma circular da Secretaria Regional de Saúde e Proteção Civil.
Além disso, nos cinco dias seguintes ao isolamento, "é necessário o uso de máscara", com "capacidade de filtração mínima de uma máscara cirúrgica, bem ajustada".
Nos casos de infetados com sintomas, "o isolamento deve ser mantido até ao desaparecimento dos sintomas", lê-se no documento hoje divulgado.
A Madeira é a primeira região do país a reduzir os períodos de isolamento de infetados com o vírus da covid-19 e contactos, seguindo o que foi já adotado noutros países.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, na conferência de imprensa de hoje relativa ao Conselho de Ministros, remeteu a decisão sobre uma eventual redução dos períodos de isolamento relacionados com a pandemia para as autoridades de saúde, sublinhando que é uma decisão técnica e não política.
A covid-19 provocou mais de 5,41 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.921 pessoas e foram contabilizados 1.330.158 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.