Autor: Lusa/AO Online
“São obras de requalificação e de ampliação porque era inaceitável, no caso da escola não ter uma cantina, como também eram graves as infiltrações e a necessidade de ampliação do edifício da unidade de saúde de ilha”, declarou José Manuel Bolieiro aos jornalistas.
O líder do executivo regional (PSD/CDS-PP/PPM) falava na escola Mouzinho da Silveira, na ilha do Corvo, após a cerimónia de assinatura dos autos de consignação para a ampliação daquela escola e para a reabilitação da unidade de saúde, iniciativas integradas na visita estatutária à ilha.
“Estamos a apontar, sem IVA, na proximidade dos 400 mil euros cada uma [obra]. O que dá um total superior a 800 mil euros de realização, próximo de um milhão de euros”, detalhou.
Bolieiro considerou que a inexistência de uma cantina na escola era uma “carência inaceitável” e assegurou que as obras vão começar em janeiro de 2023 tendo um prazo de execução de nove meses.
Em 2018, a falta de uma cantina escolar motivou uma greve de fome do deputado do PPM (um dos partidos que atualmente integra o executivo), Paulo Estêvão, numa altura em que Governo Regional era do PS.
Bolieiro criticou ainda a herança de 24 anos do Governo Regional do PS, dando como o exemplo o “estado” do edifício da unidade de saúde do Corvo.
Sobre as críticas dos socialistas, que na terça-feira denunciaram a “degradação” dos serviços de saúde no Corvo, Bolieiro acusou o PS de “angústia pela perda de poder”.
“A arguição de quem está na oposição com a angústia de ter perdido o poder é apenas falar mal por falar mal. Isso não merece sequer especial consideração da minha parte”, afirmou.
Na terça-feira, o PS anunciou que entregou um requerimento ao Governo Regional dos Açores devido aos “evidentes sinais de degradação do funcionamento” da unidade de saúde do Corvo.
O atual Governo dos Açores, suportado no parlamento pelos partidos do executivo, pela IL, Chega e deputado independente, tomou posse em novembro de 2020, após 24 anos de governação do PS na região.