Autor: Lusa/AOnline
O remate indefensável do médio luso, aos 73 minutos, constituiu o momento alto de uma partida que chegou a ser penosa durante a primeira parte e permitiu ao clube lisboeta ascender provisoriamente a segundo lugar, ainda que a distantes seis pontos do líder FC Porto, que só joga segunda feira, em Guimarães.
O Sporting de Braga, que foi ultrapassado pelo Benfica na classificação, apostou na conquista de um ponto no Estádio da Luz e foi incapaz de reagir ao golo “encarnado”, acabando por sair derrotado de um embate em que as duas equipas procuravam recuperar dos desaires na Liga dos Campeões.
Na Alemanha, além do desaire por 2-0 no estádio Schalke 04, o Benfica perdeu também o goleador Oscar Cardozo, que se lesionou no joelho esquerdo e foi hoje substituído por Alan Kardec, mas os minhotos também não puderam contar com o central Alberto Rodriguez, uma das “vítimas” jogo com o Shakthar Donetsk (derrota por 3-0).
Numa primeira parte soporífera, os remates de longe de Carlos Martins traduziram-se no reconhecimento oficial da incapacidade benfiquista de levar o seu jogo ofensivo ao interior da área da equipa visitante, que também só deu sinais de vida à beira do intervalo.
A excepção na regra da menoridade futebolística nasceu de uma combinação aos 35 minutos entre os argentinos Aimar e Saviola, mas o remate do avançado, que em condições normais seria suficiente para inaugurar o marcador, foi desviado pela defesa inspirada do guarda-redes Felipe.
A 105 metros de distância, na outra baliza, o contestado Roberto terá pensado que dificilmente aquela deixaria de ser a melhor defesa da noite lisboeta, mas um remate fenomenal de Elderson aos 45 minutos deu ao guardião do Benfica a oportunidade de reclamar a distinção.
Lima voltou a ameaçar a baliza “encarnada” ainda antes do intervalo e o início da segunda parte trouxe mais agitação à partida, destacando-se um remate desastrado de Saviola, que beneficiou de rara liberdade na área bracarense, mas rapidamente o meio-campo voltou a ser a zona de acção privilegiada.
Jorge Jesus foi adiando as substituições, à espera de um momento de brilhantismo por parte dos jogadores mais avançados, e Carlos Martins correspondeu às expetativas do treinador do Benfica aos 73 minutos, com um colocado remate cruzado ao qual nem a elasticidade de Felipe se conseguiu opor.
O Braga, que antes não tinha demonstrado argumentos e vontade para aspirar a mais do que o empate, revelou-se sem atributos para evitar a derrota e poderia ainda ter sido penalizado com o segundo golo se o remate do isolado Fábio Coentrão não tivesse saído ligeiramente ao lado durante os seis minutos de compensação.