Gazprom diz que fornecimento de gás à China está quase no nível máximo

A Gazprom está a aumentar o fornecimento de gás para a China e espera atingir em breve o nível máximo planeado através de um gasoduto na Sibéria, disse o presidente da empresa estatal russa.



Durante um fórum económico que está a decorrer na ilha de Hainan, no sul da China, Viktor Zubkov disse ainda que a Gazprom está a negociar com o país asiático um possível projeto de fornecimento adicional através da Mongólia.

Zubkov afirmou que a empresa está aberta para atender outros mercados asiáticos.

O líder chinês Xi Jinping vê Moscovo como um parceiro diplomático crucial para contrapor o domínio dos EUA nos assuntos globais. Pequim recusou criticar a invasão da Ucrânia e pediu um cessar-fogo e negociações, mas não uma retirada russa.

As importações chinesas da Rússia, principalmente petróleo e gás, aumentaram 31,3%, em janeiro e fevereiro, para 18,6 mil milhões de dólares (17,1 mil milhões de euros).

Isto ajuda o presidente russo, Vladimir Putin, a compensar a perda de receitas, depois de os Estados Unidos, a Europa e o Japão terem bloqueado ou reduzido as importações.

“A Rússia está a aumentar o fornecimento de gás para a China”, disse Zubkov, no Fórum Boao para a Ásia. “O fornecimento de gás através do gasoduto Força da Sibéria vai atingir em breve o volume anual contratado de 38 mil milhões de metros cúbicos”, avançou.

A Gazprom está a negociar com a estatal China National Petroleum um projeto de fornecimento de gás através da Mongólia, projetado para transportar 50 mil milhões de metros cúbicos, segundo Zubkov.

“A Rússia está aberta à cooperação com outros países asiáticos no fornecimento de energia limpa”, afirmou.

Também no fórum, o vice-presidente da agência de planeamento do Conselho de Estado chinês disse que Pequim vai equilibrar os seus planos de reduzir as emissões de carbono com a necessidade de garantir a segurança energética. A China é o maior emissor de gases poluentes do mundo.

O país intensificou a mineração de carvão e a construção de usinas que geram energia a partir da queima daquele combustível fóssil depois de ter enfrentando escassez de energia, no final de 2021, o que causou apagões e forçou fábricas em algumas áreas a fecharem temporariamente.

Xi disse em 2020 que as emissões de carbono atingiriam o pico em 2030, mas não anunciou nenhum nível-alvo.

“Vamos promover ativa e prudentemente o pico de carbono e a neutralidade do carbono”, disse Zhao Chenxin, da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, o órgão máximo de planificação económica da China. “No entanto, devemos equilibrar as suas relações com a segurança energética e o desenvolvimento”.


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