Alexandre Gaudêncio, presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande (CMRG), vai candidatar-se à liderança da Associação de Municípios da Região Autónoma dos Açores (AMRAA), cargo até há pouco tempo exercido pelo ex-presidente do município da Madalena, José António Soares, agora a exercer funções como deputado regional pela coligação PSD/CDS-PP/PPM.
Segundo apurou o Açoriano Oriental, a candidatura do social-democrata, que já foi vogal e atualmente exerce as funções de presidente interino daquela associação, colhe um largo consenso no seio da AMRAA, mesmo entre autarcas socialistas.
“(Gaudêncio) tem a concordância do atual Conselho de Administração da AMRAA em exercício, que tem como vogais os autarcas de Velas, Povoação, Praia da Vitória e Madalena (Catarina Manito substitui José António Soares à frente deste município)”, salienta uma fonte ao Açoriano Oriental, adiantando que a eleição para o lugar, por voto secreto, deverá realizar-se na Assembleia Intermunicipal que terá lugar a 9 de maio na Vila do Corvo.
Confirmando-se a escolha de Gaudêncio como presidente da associação que representa os dezanove municípios açorianos, o atual conselho de administração deverá manter-se, sendo expectável que o presidente da Câmara Municipal de Velas, Luís Silveira, do CDS/PP, assuma a vice-presidência.
O processo eleitoral de escolha dos líderes da associação dos municípios costuma a ser feito “por consenso e unanimidade”, pelo que o presidente da CMRG tem desenvolvido contactos com vários autarcas para garantir, justamente, essa aceitação.
Instado pelo Açoriano Oriental, Alexandre Gaudêncio confirma estar a fazer contactos com outros autarcas, remetendo mais informações sobre o assunto aquando da realização da próxima Assembleia Intermunicipal da AMRAA no Corvo.
As eleições autárquicas ocorridas em 2021 retiraram ao PS a maioria de municípios que detinha até então no arquipélago, gerando um novo equilíbrio de forças que permitiu a José António Soares (PSD) ser eleito presidente da Associação de Municípios dos Açores, em substituição da socialista Cristina Calisto. E esse equilíbrio - como alerta a nossa fonte - poderá perder-se se o esperado consenso a partir da mais pequena ilha for substituído por qualquer tipo de disputa político-partidária.
