Açoriano Oriental
Furacão Paulette deverá passar pelos Açores já como tempestade pós-tropical

O furacão Paulette, que afetou o arquipélago das Bermudas, deverá dirigir-se para norte durante esta semana até atingir, no próximo sábado, o Grupo Ocidental dos Açores, mas já como tempestade pós-tropical.

Furacão Paulette deverá passar pelos Açores já como tempestade pós-tropical

Autor: Rui Jorge Cabral

O furacão Paulette será assim o primeiro ciclone tropical a atingir os Açores este ano, ainda que, previsivelmente, já enfraquecido e sem a intensidade de furacão, devendo essencialmente provocar um aumento da agitação marítima e do vento.

Conforme explica em declarações ao Açoriano Oriental o delegado do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) nos Açores, Carlos Ramalho, depois de afetar o estado do tempo nas Bermudas, o furacão Paulette “deverá deslocar-se para nordeste, podendo ainda no dia 15 (hoje) intensificar-se um pouco.

No entanto, a partir do dia 16, devido a uma variação dos ventos em altitude e também devido à temperatura do mar mais baixa, prevê-se que o furacão venha a perder alguma da sua intensidade.

Na sexta-feira, deverá localizar-se a norte do arquipélago e, a partir dessa altura, prevê-se que venha a deslocar-se para sul. Nesse deslocamento para sul, existe a possibilidade de no dia 19 (sábado) afetar o estado do tempo no Grupo Ocidental, mas já a perder características tropicais, ou seja, já como uma tempestade pós-tropical”.

Carlos Ramalho diz que ainda é cedo para prever com exatidão o estado do tempo nos Açores no próximo sábado, uma vez que este irá depender muito da trajetória do furacão, referindo apenas que, com os dados do momento, “não se prevê, por enquanto, que venha a causar uma situação muito extrema em termos de previsão do tempo no sábado no Grupo Ocidental”.

Outra incógnita neste momento é a trajetória da tempestade quando estiver a sul do arquipélago, sendo esta “uma situação que iremos acompanhar nos próximos dias e ver a sua evolução, quer em termos de intensidade, como de trajetória”, refere Carlos Ramalho.

O Atlântico Norte tem atualmente cinco ciclones em atividade sendo (à data de ontem) dois deles furacões, dois tempestades tropicais e uma depressão tropical.
Não é possível prever, neste momento, se algum deles - para além do Paulette - se irá deslocar da zona tropical para norte, ao ponto de poder ameaçar os Açores. ♦

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