Autor: Lusa / AO online
Em declarações à Lusa na Festa do Avante, que decorre entre sexta feira e domingo na Quinta da Atalaia, Seixal, Francisco Lopes rejeitou a ideia de que, depois da candidatura presidencial, esteja a preparar-se para suceder a Jerónimo de Sousa enquanto secretário geral do PCP.
Carlos Carvalhas e Jerónimo de Sousa foram dois candidatos presidenciais que se tornaram líderes do partido, mas o mesmo não se verificou com Octávio Pato, Carlos Brito e António Abreu.
“Aconteceu com uns, não aconteceu com a maioria. Essa é uma abordagem que tende a diminuir a apreciação do PCP a esta candidatura”, considerou.
“A nossa candidatura dirige-se a intervir num momento tão difícil da vida nacional, para abrir uma nova fase. Esse é o objetivo”, sublinhou Francisco Lopes, para quem “essas observações sobre aspetos da vida interna do partido não têm nenhum sentido e apenas contribuem para tentar diminuir o alcance e o objetivo desta candidatura, que é incontornável e indispensável ao povo português na fase em que vivemos”.
O também deputado eleito por Setúbal rejeitou apontar uma meta para o resultado eleitoral – a percentagem mais elevada foi obtida por Carvalhas em 1991 (12,92 por cento), enquanto a mais baixa pertenceu a António Abreu – 5,1 por cento, em 2001.
“Dirigimo-nos ao povo português, para que nos deem todo o apoio para concretizar esses objetivos. Esses objetivos significam ter o apoio necessário para sermos alternativa para a Presidência da República. Não nos candidatamos a percentagens eleitorais”, destacou.
Entre os objetivos, Francisco Lopes apontou “a defesa e afirmação do regime democrático, o cumprimento da Constituição, um projeto que avance com os valores de abril, um grande projeto político baseado numa política patriótica e de esquerda, que enfrente os problemas do país e permita um caminho novo de desenvolvimento de justiça e progresso social”.