Açoriano Oriental
Francisco Assis "subscreve" programa Governo
Francisco Assis afirmou que “subscreve o que consta do programa do Governo” sobre a avaliação de professores.
 Francisco Assis "subscreve" programa Governo

Autor: Lusa/AO Online

O líder parlamentar  do PS  sublinhou que deve haver “abertura de espírito” dos socialistas, porque no Parlamento “nada se poderá fazer sem o mínimo de consenso”.

“É bom que os portugueses saibam o que o Governo pensa e preconiza, mas, ao mesmo tempo, é bom que também saibam que tem de haver, da parte do Governo e da maioria parlamentar que o sustenta, a abertura de espírito suficiente para garantir a obtenção dos consensos necessários, porque há hoje uma evidência absoluta, é que nada se poderá fazer sem o mínimo de consenso”, declarou o candidato único à líderança parlamentar do PS.

Francisco Assis falava aos jornalistas no Parlamento a propósito das declarações à TSF do ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, que disse que o executivo socialista está aberto a negociar com “qualquer partido” o modelo de avaliação dos professores mas que está fora de questão a sua suspensão, adiantando que se a oposição se unir nesse sentido é criada uma querela jurídico-constitucional.

As palavras de Lacão provocaram várias críticas de todos os partidos da oposição, que acusaram o Governo de “arrogância” e de agir em tom “desafiante” e “provocatório”.

Questionado sobre se concorda que não deve haver suspensão do modelo, Assis disse não querer “estar a avançar com nada que possa por em causa a evolução do processo”.

Sobre a hipótese de existir uma querela jurídico-constitucional, Assis disse esperar que “não se entre nesse processo”: “Sou de natureza relativamente optimista, acho que quer o PS quer os vários partidos da oposição vão agir de forma séria e de forma profundamente responsável”.

O futuro líder da bancada do PS referiu que “é bom que se perceba que não podemos sacrificar tudo” ao consenso necessário entre os partidos e que subscreve “aquilo que consta do Programa do Governo” em relação à educação.

Já o PSD considerou que Lacão está em “contradição entre o anúncio feito pelo primeiro-ministro há uns dias atrás” de que haveria “um novo ciclo” e “disponibilidade para dialogar e para ouvir opiniões diferentes”.

“Esta aparente nova atitude que o primeiro-ministro quis apresentar depois das eleições não passou de uma encenação, esta atitude do Governo só tem contribuído para bloquear as escolas”, afirmou à agência Lusa o deputado social-democrata Pedro Duarte.

O deputado do CDS-PP Nuno Magalhães criticou o ministro dos Assuntos Parlamentares por se “atravessar no meio de um processo negocial que será conduzido pela ministra da Educação com declarações extremadas”, considerando que as suas declarações não foram “um bom augúrio para a própria ministra” e “fragilizam a sua posição”.

Magalhães sublinhou que o seu partido quer “pacificar um sector que há quatro anos e meio anda em permanente convulsão” e que voltará a apresentar “com algumas modificações esta semana um novo modelo de avaliação menos burocrático, que reforce a autoridade dos professores e que seja mais justo”.

Por seu lado, o BE apontou as declarações como “o pior sinal neste momento” e que estas demonstram “teimosia e irresponsabilidade”.

Do lado do PCP, o deputado Miguel Tiago acusou Jorge Lacão de se apresentar “na esteira do que de pior apresentou o anterior Governo”.

"Felizmente hoje estamos em outras condições de resolver problemas que o governo não quer resolver aqui na Assembleia da República, assim queiram os partidos da oposição", disse.

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