Açoriano Oriental
FMI revê em baixa crescimento económico português em 2008, para 1,8%
O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em baixa o crescimento económico previsto para Portugal em 2008, para 1,8 por cento, mas diz que está “finalmente em curso uma recuperação modesta”.

Autor: Lusa / AO online
    De acordo com a conclusão da consulta do FMI a Portugal, ao abrigo do Artigo IV, referente a 2007, hoje divulgado pelo Banco de Portugal, a economia portuguesa deve crescer este ano e no próximo 1,8 por cento, valor que corresponde a uma revisão em baixa face aos 2,1 por cento antecipados nas previsões de Abril para 2008.

    No mesmo documento, o Fundo diz que as tensões nos mercados financeiros aumentaram os riscos descendentes do crescimento, pelo que há agora mais hipóteses de o crescimento vir a ser inferior a 1,8 por cento.

    A procura externa deverá continuar a ser o principal motor de crescimento, num ano em que se espera que a procura interna (consumo e investimento) se mantenham moderados.

    A instituição alerta ainda que os níveis elevados da dívida das empresas e as condições de crédito mais restritivas podem limitar a recuperação do investimento.

    Para o FMI, em Portugal “está finalmente em curso uma recuperação moderada”, numa altura em que a consolidação orçamental deve continuar.

    As novas reformas estruturais, que o FMI apela de “modestas”, devem conduzir a uma recuperação gradual da competitividade e da produtividade, e a reestruturação da administração pública vai ter um “papel central” na redução do défice.

    Os economistas do Fundo elogiam ainda as recentes reformas do sistema de segurança social, dizendo que “melhoraram significativamente a sustentabilidade de longo prazo” do sistema, mas frisam que Portugal continua ainda com uma “fraca competitividade externa”.

    O fundo volta também a alertar para a necessidade de tornar a legislação de protecção ao emprego menos restritiva e de eliminar a extensão automática da contratação colectiva e mostrou-se preocupado com a recente decisão de aumentar “significativamente” o salário mínimo (aumento para 500 euros até 2011).
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